terça-feira, 31 de maio de 2011

ENQUANTO ESPERO...

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( Carcavelos - Maio, 2011)


...Sentada num lancil de um jardim, encontro um pequeno mundo...

Seria um saco de pão despejado?!... Um saco de fruta?!... Da mercearia ou do "super"? Coisa de tempos modernos... Mas como foi ali parar? Terá sido levado para o eco-ponto e o vento o soltou?!... Soltou-o, arrastou-o, enrolou-o... até que parou no meio das pedras que o abraçaram e prenderam. É uma história possível... Mas o vento é muito desleixado!...

As pedras foram postas pelo Homem. E o saco?!... pelo vento?
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( Carcavelos - Maio, 2011)

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O Sol estava quente. A incerteza da hora fez-me esperar. Os minutos passavam. A tarde queimava ao Sol. Os olhos ressentiam-se da luz. E os ponteiros rodavam.

Sento-me num pequeno murete que encontrei. A frescura da sombra do bonito plátano, a sua suave aragem, faziam esquecer a espera no asfalto e embalavam-me em minutos esquecidos de si. É, então, que o ponteiro dá tréguas. Os minutos deslizam lentos, suaves, num afago manso de um ameno deleite. Espaço verde criado pelo Homem para o bem estar de quem passa. Sim. Porque também vai havendo destas coisas...
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sábado, 28 de maio de 2011

UM HINO AO TRABALHO

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(Foto de Maio/2011)
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São homens. Lutadores. A necessidade a isso os obrigou, o destino assim o quis ou eles o fizeram. Não é fácil. É até mesmo muito duro!

Oito da manhã. Ouve-se o sino do campanário da igreja do alto da colina..

O pincel e o latão de tinta, a pá de pedreiro, o carrinho de mão, o barulho metálico da misturadora de cimento que começa a faina, a rebarbadora, os fios eléctricos... É hora de cada um se dirigir para o seu canto em equipa ou sozinho. Até que ao meio dia largam o trabalho. O sino deu as doze badaladas.

Alguns vão a casa. Outros improvisam mesas, assentos e aquecem na fogueira que fazem ou no micro-ondas o que trazem na pequena caixa de plástico que trouxeram de casa. Tiram também o sumo, a cerveja ou a água. Uma peça de fruta...

Está na hora de descansar. Cada um, por seu lado, ou se recosta no encosto possível; ou se senta na borda do muro olhando a rua, pernas soltas, já cansado, pensando na vida, pensando em nada; ou conversa animado discutindo ou gracejando de nada e de tudo... O tempo corre. A uma chegou. Há que recomeçar e as cinco ainda lá vêm...

Arrumar as coisas; limpar materiais; lavar os braços, a cara, o tronco; trocar de roupa; pousar o chapéu... No próximo dia há mais!

É, então, que os chapéus, as camisas e os sapatos ficam sossegados... Sobretudo se "amanhã é Sábado" e, depois, Domingo!...




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domingo, 1 de maio de 2011

A ESCOLHA DE UMA MENTE



(Imagem retirada da NET)


Ao ler um provérbio chinês, tive a imediata e bem intencionada ideia de transformar a minha mente. De imediato, me fiz a promessa de: "__Agora, sim... Agora é que vou mudar!" Mas, pela minha experiência passada, acho que vou ter que fazer um esforço mesmo muito grande. Ou, então, terei que me contentar com a minha mente pequena, porque, crescer, crescer... talvez ela não o consiga muito...

De acordo com o tal ditado: "As mentes grandes discutem ideias; as médias, coisas e as pequenas, pessoas."

Porquê que, por mais imparciais que queiramos ser, vem sempre à baila o "ele fez isto...", "ela disse aquilo..."?!... E nós?!...