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(Foto de Maio/2011)
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São homens. Lutadores. A necessidade a isso os obrigou, o destino assim o quis ou eles o fizeram. Não é fácil. É até mesmo muito duro!
Oito da manhã. Ouve-se o sino do campanário da igreja do alto da colina..
O pincel e o latão de tinta, a pá de pedreiro, o carrinho de mão, o barulho metálico da misturadora de cimento que começa a faina, a rebarbadora, os fios eléctricos... É hora de cada um se dirigir para o seu canto em equipa ou sozinho. Até que ao meio dia largam o trabalho. O sino deu as doze badaladas.
Alguns vão a casa. Outros improvisam mesas, assentos e aquecem na fogueira que fazem ou no micro-ondas o que trazem na pequena caixa de plástico que trouxeram de casa. Tiram também o sumo, a cerveja ou a água. Uma peça de fruta...
Está na hora de descansar. Cada um, por seu lado, ou se recosta no encosto possível; ou se senta na borda do muro olhando a rua, pernas soltas, já cansado, pensando na vida, pensando em nada; ou conversa animado discutindo ou gracejando de nada e de tudo... O tempo corre. A uma chegou. Há que recomeçar e as cinco ainda lá vêm...
Arrumar as coisas; limpar materiais; lavar os braços, a cara, o tronco; trocar de roupa; pousar o chapéu... No próximo dia há mais!
É, então, que os chapéus, as camisas e os sapatos ficam sossegados... Sobretudo se "amanhã é Sábado" e, depois, Domingo!...
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1 comentário:
Há, na escrita, suave delicada ao transcrever pequenas películas de um dia de trabalho; expondo os hábitos de cada elemento que compõe a construção de um pouco de vida.
Abraço!
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