sábado, 31 de dezembro de 2011

PARA SER FELIZ...

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Se for para chorar que seja de felicidade;
Se for para roubar que seja um beijo;




Se for para mentir que seja a idade;



Se for para perder que seja o medo;
Se for para cair que seja na gargalhada;
Se for para ter guerra que seja de travesseiros;





Se for para ter fome que seja de amor;


Se for para ser feliz que seja para sempre!



(Fotos e poema de Isabella Maria - NET)



sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FIM DE TARDE EM S. PEDRO / CASCAIS - O ANO DESPEDE-SE...

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(Foto tirada em 29 de Dezembro de 2011 - S. Pedro, Cascais)



A tarde arrefece...
O Sol esconde-se...
A marcha é rápida...


A bola de fogo vai descendo...
A beleza do pôr do Sol faz-nos parar...
Despede-se até ao novo amanhecer.


Os barcos vão e vêm...

Também o ano se despede.
Para trás ficam as alegrias e arrelias de uma vida e de um país em mudança.
Aves de mau agoiro lançam as sombras negras das suas asas...
Mas tal como o Sol se põe,
Fica a promessa de um novo renascer.
Fica a promessa de que, apesar de tudo, se continue uma vida com esperança.
E de que as sombras sejam o amparo de asas brancas promessa de paz...
Paz dentro e fora de nós que podemos ajudar a construir.


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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

FERNANDO CAPELO GAIVOTA

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( Foto "roubada" do "Blog" de uma amiga)


Esta é uma das mais belas fotografias que já me foi dada ver.
Porquê?!...
É símbolo de liberdade;
De movimento;
De beleza das duas cores que marcam o planeta em que vivemos,
__ os azuis que vemos do Espaço
e os brancos que aconchegam mares e céus.
A firmeza das estacas que marcam a presença do Homem;
O ondulado da água e os seus reflexos que nos embalam os sentidos.

Tudo nela encanta... Tudo nela tem vida... Tudo nela tem brilho...

Faz-me lembrar o "João Capelo Gaivota".
Filme que vi por três vezes.
Os protagonistas? __ Gaivotas.
E a ele, João, podíamos "reconhecê-lo pelas asas de um sonho".
Música também ela de sonho na voz de Neil Diamond.
Uma mensagem para a vida.

"O sonho é uma constante da vida", dizia o poeta.
E, enquanto sonharmos, vivemos!...

Vê-las voar sobre as ondas, vir, ir, divagar...
Sentir o ribombar das ondas ou o seu marulhar meigo e suave.
Vê-las capturar o peixe que passa,
Disputar os restos que ficam largados sobre a areia da praia,
Conseguir o que cai de traineira que passe.
E gritar bem alto:
__"Somos livres, somos livres de voar,
Somos livres de lutar,
De conquistar o nosso alimento,
O nosso espaço..."

Somos livres de gritar...
De gritar a liberdade de viver mais um dia.
De gritar a liberdade de voar, voar, voar...
E lá bem alto sonhar, ainda que seja só por hoje.




quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL!

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(Natal 2011)


"Feliz Natal!"...

Porque não ao longo de todo o ano?!...

Com tão pouco se pode ajudar a arrancar um sorriso e tornar uns instantes mais felizes!...

Não sabemos como?

__ Fácil!... É só pensar em quem está próximo de nós ou em tantas organizações como a AMI.

Em Cascais, há uma delegação da AMI e não falta a quem chegar. Tudo serve: livros de leitura (com excepção dos escolares), roupas, utensílios de casa, alimentos... tudo quanto possa ser útil a alguém de que idade for __ bébés de colo a gente de mais idade. Tudo que a nós já não nos faz falta, não nos serve e que, para outros, pode ser um bem. Até mesmo aquela bolachita ou miminho que nos estraga a dieta e adoça a boca de quem não tem ou nunca soube o que era. A farinha, o leite, o açúcar, a massa (...) que faltam na mesa, são bens essenciais e ajudam a confortar o estômago.

Um dia, ouvi alguém dizer à porta do Centro. __"Não tenho dinheiro, não tenho nada, só tenho fome!..." Ali, as refeições são servidas a quem precisa por uma importância quase simbólica. Mas ele "não tinha nada, só tinha fome". E a Porta abriu-se...

Era um homem, não era velho. __"Então que vá trabalhar." poder-se-á dizer. Mas, onde, se também o trabalho ele perdeu? Será que é caso único?

É por trás do Centro Desportivo junto ao cemitério da Guia. Lá chega muita gente que talvez até tenha algum dinheiro para pagar a sopa, o almoço. Só que o que tem é demasiado pouco. E tudo que possamos dar nunca é demais.






Centro Porta Amiga de Cascais
R. das Caravelas,206
2750-916 Cascais
Tel. 214 862 434
Fax 214 827 800
E-Mail:
pa.cascais@ami.org.pt
Horário de Funcionamento:
De Segunda a Sexta-feira das 9h30 às 17h30

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

MONTRAS DAS LOJAS DE CASCAIS - PORTUGAL

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Lojas na calçada. que se oferecem a quem passa.

Oferecem, qual mulher de rua, os seus melhores atributos.

Mas quem passa é pouca gente.

As gentes andam por outros lugares.

Só que, pelas lojas que ainda há, vale a pena lá passar...







As luzes salpicam as frontarias dos prédios.

Salpicam muitos dos edifícios já velhos que se querem restaurados.


As luzes fazem reflexo nas pedras que pisamos.

Pedras da calçada desenhada,

calçada tão nossa e trabalhada,

Calçada tão portuguesa...

Tão senhora de Cascais.























(Baixa de Cascais - fotos tiradas em Dezembro - 2011)



CASCAIS EM VÉSPERAS DE NATAL

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Seis da tarde, meados de Dezembro. A noite vai caindo. Os pequenos pontos luminosos começam a surgir. Não estão lá no cimo do céu, mas bem pertinho de nós... Caiem em cascatas das árvores, enfeitam postes, transformam-se em estrelas e iluminam montras tornando-as mais bonitas.






 
É frio. É Natal. Cascais está em espera.

As esplanadas ainda não abriram as suas portas mas seriam uma melhor promessa se as temperaturas estivessem mais altas e as bolsas mais cheias. Mas são seis horas, e alguém há-de chegar...






(Cascais - Fotos de 2011)



domingo, 11 de dezembro de 2011

NATAL

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Em criança tive alguma formação cristã. Mas as dúvidas abafaram e abafam quaisquer certezas. Ainda assim gosto do Natal.



Gosto do Natal,
Porque Jesus Cristo nasceu. Conta a História que, realmente, ele existiu.
Porque Jesus Cristo terá pregado a sua doutrina por terras da Galileia fazendo ouvir o seu eco que se foi fortalecendo ao longo dos séculos.
Porque Jesus Cristo tem sido símbolo de um ideal de humanidade e perdão, apesar de, quantas vezes, ignorado pela Igreja e por nós próprios.






Gosto do Natal,
Pelas suas luzes cintilantes e intermitentes;
Pelos seus presépios mais ou menos elaborados, grandes ou minúsculos, que recriam ambientes do nosso imaginário;
Pelas suas árvores com enfeites de pau, de pano ou de vidro brilhante;
Pela solidariedade que vai germinando por aqui e por ali;
Pela ilusão e fantasia das crianças.







Gosto do Natal pelos seus presentes;
Presentes há tanto ambicionados;
Presentes inesperados;
Presentes cuidadosamente preparados;
Presentes cujo destino pode ser a prateleira, a gaveta ou o armário, mas que nos lembra que alguém se lembrou de nós.





Gosto do Natal,
Porque é a altura em que, pelo menos uma vez no ano, escrevemos a quem está longe e faz parte da nossa vida;
Porque é a altura em que visitamos quem está perto dizendo-lhes, "ainda estamos aqui";
Porque todos se desejam: "Boas Festas", "Bom Natal", "Bom Ano", ainda mesmo que não se conheçam...




Sim... Para mim o Natal é tudo isto. Mas, acima de tudo, a presença, o agradecimento pelas graças que tivemos, a partilha de momentos, o reencontro de amigos e a reunião da família.


Só que, dos 365 dias do ano,
363 deveriam ser 24 e 25 de Dezembro.
Não sei se está e quem aí está agora...
Se assim for, que tenha um bom Natal!





(Fotos de Dezembro 2011; desenhos retirados da NET)



sábado, 10 de dezembro de 2011

CARCAVELOS / CASCAIS - BELEZA DESCARNADA

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É uma sensação estranha de "déjà vu"...
Casa acumulada de sentimentos e de vida,
Dum passado rico ou pobre.
Beleza de degradação que nos diz:
__" Eu aqui já vivi e deixei viver.
E agora?!... O que se espera de mim?"












 (Fotografias tiradas em Carcavelos, Dezembro 2011)




sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

CARCAVELOS ENGALANADA

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Gente rija, firme como a rocha que vai sobrevivendo às tempestades. Casas e gentes que acompanhámos ao longo do tempo. Gentes que, até hoje, sobreviveram às grandes superfícies e às dificuldades de quem possa comprar.





Passada estugada no frio que aperta; as folhas caídas, espalhadas no chão; a busca de montras vestidas para a época festiva; as luzes das ruas que acompanham a objectiva nessa procura...

Reina a simplicidade... Mas Carcavelos fica, agora, mais bonita quando a noite se anuncia.

















As folhas caiem... Estão espalhadas pelo asfalto e pela calçada dos passeios... Mas "as árvores morrem de pé"... e, tantos anos de luta, terão que dar algum fruto.



(Fotografias de Carcavelos tiradas em Dezembro, 2011)


Carcavelos... Minha terra de adopção.
Os anos passam e vou-te vendo "despedaçar".
Aqui e ali um pouco mais degradada.


É Natal.


__" É agora... formula um desejo!... "

__" Basta! Não deixem que me perca!..."




quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A GOVERNANTA DE SALAZAR

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(Foto retirada da NET)


Cheguei ao fim do livro com uma sensação de desconforto e sentimentos ambíguos. Com base nos relatos de quem lhe foi próximo, foram-me dadas a conhecer as várias facetas daquele homem que, mais ou menos directamente, conduziu durante décadas os destinos da Nação.


Foi um homem de estado implacável nas suas decisões. Não permitia ser contrariado na política que defendia, não tolerava intromissões nas decisões que tomava e defendia uma ditadura em que a livre opinião podia ser uma opção arriscada. Era um homem que apesar das relações que manteve e de estar envolvido num pequeno bulício de gente que o rodeava, procurava manter-se a uma distância que lhe era confortável.

"Orgulhosamente sós"! Manteve as suas "quintas" aqui e além mar de forma austera, como austeros eram os tempos durante e depois da segunda grande guerra.

AUSTERIDADE... AUSTERIDADE... AUSTERIDADE... Também na vida privada era palavra de ordem. Austeridade pontualmente contrariada pela Dª Maria, a sua governanta.

Mas há a outra faceta... A do homem que, em Belém, ancorou o seu lar no qual as suas duas pupilas ocupavam um lugar muito especial. Elas lhe mereciam toda a atenção e carinho; constante cuidado com o seu bem estar; todo o tempo que era possível dedicar-lhes; e toda a complacência, apersar do rigor da Dª Maria.

Foi um homem amado e reconhecido por muitos, odiado e temido por outros. Um homem que se julgava no caminho certo alicerçado em princípios rígidos que procurou manter até ao fim dos seus dias. Dias estes marcados pela farsa montada de uma vida que não existia. Os amigos foram desaparecendo. Ficaram os poucos que se lhe mantiveram fiéis encabeçados por aquela que cedo lhe dedicou a vida __ a sua governanta.

Do livro transparece um homem austero na vida do dia-a-dia, desejoso do seu espaço íntimo em que se transformou o Palácio de Belém gerido por uma mulher também ela austera, também ela teimosa mas amiga até ao último suspiro.


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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

BANDEIRA - PORTUGAL / OEIRAS




(Forte S. Julião da Barra, foto tirada em Novembro 2011)





Nunca a alheia vontade, inda que grata,
Cumpras por própria. Manda no que fazes,
Nem de ti mesmo servo.
Ninguém te dá quem és. Nada te mude.
Teu íntimo destino involuntário
Cumpre alto. Sê teu filho.


(Poema de Fernando Pessoa)





Deixa que a tua bandeira fale mais alto.
Deixa que em teu território só luso seja senhor...
Sê tu. Não renegues a bandeira...
Não a deixes cair.
Ela é tua, minha, nossa...
Deixa que assim fique.
Somos Europeus,
Acima de tudo, Portugueses!...