ou deveria nascer...
Anda lá em cima no céu. Dia a dia, ilumina-nos com os seus raios quentes e radiosos; ou, pelo contrário, taciturno esconde-se atrás das núvens formando-se um capacete cinzento que nos entristece; enquanto que, de outras vezes, mais ou menos encoberto, vai dando o ar da sua graça com falsas promessas de um dia de Verão; é fonte de vida, de cor e de alegria, ou queimando os solos ressequidos e sedentos, é carrasco que condena à morte aquilo que o Universo quer ver crescer . Ele vai surgindo e desaparecendo no horizonte. Está lá em cima no alto. Que sabe ele de nós?!... Ele nasce todos os dias, é certo. E nós cá em baixo acompanhamos o seu ritmo de forma mais ou menos compassada. Ninguém o apaga, o rouba, ou o esconde....
Ele está lá para todos. Ou será que não? Não entra em cárceres, masmorras ou prisões; em quartos de janelas fechadas; nos escombros deixados para trás pelas guerras; nos buracos onde se escondem homens, mulheres e crianças; nas burcas azuis e negras; na vida de homens e mulheres que vivem na noite de amarguras da incerteza, da falta de trabalho e de sustento; na fome de homens que vivem no Oriente e no Ocidente, no Norte e no Sul... Fome de tudo. Fome até mesmo de "ser". Ser ser humano com os direitos mais básicos e fundamentais. Sem que ele saiba, por todo o lado, há sítios onde o Sol não chega...
Pensando bem...
O Sol não nasce igual para todos!...
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