quarta-feira, 11 de março de 2009

DUAS MULHERES DO SÉCULO XX

.

Final do século XX. Duas mulheres marcam a história destes últimos anos.

31 de Agosto de 1997. As férias de Verão acabavam. Estávamos em trânsito. Estávamos numa sala de aeroporto, onde esperávamos o próximo voo. Na televisão presa num suporte de parede, ouvimos a notícia. Fez-se silêncio. As imagens eram elucidativas, não deixavam espaço para dúvidas, mas todos fomos apanhados de surpresa. Num túnel em Paris, o carro em que Diana e Dodi al-Fayed seguiam, embatera num pilar. Morreram os ocupantes. A Princesa Diana também não chegou viva ao hospital. Diana, a “Princesa do Povo”.



Ela fazia parte do imaginário de todos nós, por muito que estivessemos desligados da vida mundana das famílias reais. Apagava-se, assim, uma chama do candelabro que compreende as pessoas que, do nosso tempo, por uma ou outra razão, deixam a sua marca.

Era bonita, controversa e, apesar de todo o “glamour”, riqueza e honrarias que a rodeavam, procurava um outro sentido para a vida.


É, assim, que, em 1992, vai ao encontro de uma outra mulher. Uma mulher franzina e pequena de origem albanesa. Uma mulher com uma enorme beleza interior de dedicação, amor e combatividade. Uma mulher que todos veneravam pela sua capacidade de entrega aos outros numa Índia distante. Uma mulher que encontrou o seu caminho na ajuda aos que viviam na pobreza extrema.





Essa mesma mulher responde-lhe, quando Diana manifesta o desejo de ingressar na sua ordem religiosa, que “sendo ela princesa não podia pertencer a uma ordem de tão extrema pobreza. Mas, podia doar o seu amor a crianças indefesas. Para além de que, na sua posição, tinha meios para ajudar muitos dos que sofrem... Pois, a caridade pode ser exercida em qualquer lugar onde nos encontremos.”


A partir daí, a “Princesa do Povo”, passou a envolver-se mais intensamente em actividades de carácter humanitário, a visitar crianças vítimas de SIDA ou mutiladas por minas terrestres como na Bósnia ou em Angola. Ela “conseguiu reunir e focar a sua visibilidade internacional para o flagelo das minas terrestres e especialmente para o sofrimento das vítimas. Contribuindo, assim, para a criação do Tratado de Proibição de Minas Antipessoais (Tratado de Otawa), que entrou em vigor em Março de 1999 e que foi assinado por 153 países (três quartos das nações do mundo) e no qual os governos signatários se comprometeram a remover, num prazo de dez anos, todas as minas existentes dos seus territórios.” (Simon Conway)





"Diana lutou até que as minas terrestres fossem estigmatizadas em todo o mundo. E conseguiu- o." (Simon Conway)



Esta princesa de cabelos loiros e olhos claros, seguiu os conselhos da “Princesa da Paz”. Uma mulher que, apesar de fisicamente franzina, tinha a força e determinação do amor que dedicava aos mais desprotegidos. Uma mulher que, ao receber o Prémio Nobel da Paz, disse: “ a nossa obra é uma gota de salvamento num mar de sofrimento”.





Essa mulher era Madre Teresa da Calcutá. E, apesar de toda a sua aparente serenidade, e enquanto “o mundo inteiro olhava para ela como uma das mais dedicadas e fieis servas de Deus, as dúvidas sobre a Sua existência e presença na sua vida eram uma constante tormenta. Parece que a ausência de Deus começou exactamente quando ela iniciou a sua missão na Índia”... No entanto, mesmo com este conflito interior, Madre Teresa teve a vida que teve, com a influência que teve em todo o Mundo.

Foram duas mulheres que se cruzaram em vida, que marcaram uma época, que tiveram uma vida interior assaltada de dúvidas e incertezas existenciais e encontraram o seu fim na mesma altura . Madre Teresa morreu de ataque cardíaco, na Índia, seis dias depois do acidente que vitimou a Princesa de Gales. Coincidências?!...

Diferentes motivações, diferentes meios, diferentes, muito diferentes... A “Princesa do Povo” e a “Princesa da Paz”, tinham algo mais em comum __ A beleza interior! A beleza que é imutável e permanente...




(Fotos e informações retiradas da NET.)

2 comentários:

Anónimo disse...

Sempre melhorando!!!

Gostei.

Parabens.M.M.

Jefferson Reis disse...

Fiquei emocionado.