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2009. Alguém ia a S. Tomé. __"Que queres de lá?" __"Uma certidão de nascimento." E, vieram as fotografias e as lembranças, também...
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S. Tomé - 1957
Hoje, a casa, que era branca, está laranja; tem bandeiras desfraldadas ao vento; não há nem bebés, nem crianças, nem cachorros, nem papagaios... Mas, continua voltada para o mar do outro lado da marginal, está bem preservada, ouvindo o som abafado da cidade que continua ao seu ritmo próprio.
O bebé que lá nasceu, cresceu e, vai fazer 51 anos, e, a miúda de fraldas, sou eu...
Já há 50 anos, a fotografia permitia a gravação das memórias impossíveis.
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S. Tomé - 1958
S. Tomé - 1958
S. Tomé - 2009
S. Tomé - 1958
Calor. Quente e húmido. Aragem mansa. O Oceano que do outro lado da rua vem lamber aquela tira de areia e pedras soltas. Os ruídos abafados de uma cidade que mexe ao ritmo do mar indolente e tranquilo. Ruídos cortados de quando em vez por choro de bebé, gritos de criança pequena, latidos de cachorro.
O quadrado, na varanda corrida, com bonecos decapitados e despernados; a vassoura que servia de “puxa-puxa” para ver quem tinha mais força, se a pequenita de fraldas ou o cão; e, o cachorrinho pequeno e peludo.
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Como me lembro? Não lembro. Menos de dois anos não dá para tanto. Pois já lá vai meio século.
Hoje, a casa, que era branca, está laranja; tem bandeiras desfraldadas ao vento; não há nem bebés, nem crianças, nem cachorros, nem papagaios... Mas, continua voltada para o mar do outro lado da marginal, está bem preservada, ouvindo o som abafado da cidade que continua ao seu ritmo próprio.
O bebé que lá nasceu, cresceu e, vai fazer 51 anos, e, a miúda de fraldas, sou eu...
Já há 50 anos, a fotografia permitia a gravação das memórias impossíveis.
1 comentário:
AINDA NÃO TINHA VISTO ESTE.
TEMPOS QUE PASSARAM E DEIXARAM
SAÚDADES ...
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