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"Ficelles", do hiperrealista Nicola Maniu (1987)
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"Ficelles" - "Cordéis", "fios", "atilhos", "barbantes". Tão simples como isto. A leitura do quadro fica para o espectador. O cartão rasgado, os registos, os carimbos ficam por "trás" e podem dar-nos algumas pistas. Mas até talvez possam ser mesmo só cordéis...
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De qualquer forma, adorei este trabalho, pela sua simplicidade.
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Tentei basear-me no trabalho de Nicola Maniu, para fazer algo que se lhe assemelhasse... dando-lhe a minha interpretação. É, então, que as coisas se complicam. A simplicidade acabou-se. O quadro começa a contar histórias.
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Já "viajámos" no espaço, na alma, na amizade, no tempo, no absurdo e na partilha de quem por ele foi deixando a sua marca...
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É um quadro que vai saindo da tela rasgado, riscado, amarfanhado... Foi olhado com algum cepticismo, com desalento, com incentivo, com "solidariedade", com sentido crítico e despertou opiniões bem contraditórias. Só por isso, já está a valer a sua viagem atribulada. Uma viagem acompanhada por quem nos orienta o pincel e nos convida a arriscar ou quem nos diz "não gosto" porque, com a sua sinceridade, nos deseja uma boa chegada ao destino final.
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Tudo isto por causa de um bocado de cartão rubricado, carimbado, manchado com humidade, mal envolvido em cordéis. Numa viagem que continuo a não conseguir fazer completamente sozinha... Mas talvez, até por isso, aí esteja muito do seu encanto.
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Talvez a C. tenha razão, quando diz: __" Eu olho e só vejo: "VIAGEM"; vá lá, "AS NOSSAS VIAGENS"."
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__" É isso, "VIAGENS"!..." (E o que cabe em "viagens"!...) A leitura fica ao critério de quem vê. Agora, só resta tentar chegar ao fim.
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1 comentário:
olá as minhas viagens foram sempre de aprendizagem e chegaram sempre qa bom porto espero que o mesmo te aconteça a ti. Na simplicidade est´muita SABEDORIA. Um beijo e obrigado por isto tudo.
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