Um dos portões de entrada para o jardim encantado cheio de plantas trazidas de expedições a África, Brasil e Ásia no século XVIII. Uma atração imperdível é a estufa de borboletas, uma das únicas na Europa aberta ao público.
(Árvore Ginkgo biloba)
A Ginkgo biloba pode ser observada logo à nossa frente quando se entra por aquele portão. Faz anos, foi o primeiro "ponto de paragem", quando fazíamos a nossa primeira visita de estudo ao Jardim Botânico com o nosso professor de Botânica Geral I. Mais de duas décadas passaram e ela lá permanece igual e gigante tal como seriam as Ginkgo biloba de há milhões de anos.
A Ginkgo biloba é um planta de origem chinesa, é uma das árvores mais antigas de que se tem notícia, com registros fósseis datando de mais de 250 milhões de anos atrás. Charles Darwin referiu-se à Ginkgo biloba como "fóssil vivo" e ilustrações da época dos dinossauros frequentemente incluem árvores de Ginkgo biloba. É considerada símbolo de paz e longevidade, por ter sobrevivido às explosões atómicas no Japão.
Por um tempo, foi considerada extinta, mas foi redescoberta no século XVII no Japão. Foram levadas sementes para a Europa e, mais tarde, para a América do Norte. Sendo hoje possível encontrar árvores da Ginkgo biloba no mundo inteiro.
Uma das características da Ginkgo biloba é sua extrema resistência a fatores ambientais adversos como poluição, pragas e até mesmo resistência à radioatividade. Por esse motivo, pode ser usada como decoração em áreas urbanas.
Pesquisas alimentam a esperança de que esta planta do Oriente previna (e ataque) tumores no ovário, na mama, no cérebro e no fígado. Pesquisas parecem mostrar que por acção do seu extrato as células malignas se autodestroem.
(Ficus macrophylla - Figueira estranguladora - originária da Austrália)
Plantas de todos os tipos, oriundas de todas as partes do Mundo, regalam-nos a vista e permitem-nos viajar por todos os continentes deste Planeta com os mais diversos ecossistemas sem sair deste oásis que apesar de inserido no meio da cidade, permite-nos sentir a paz e o prazer de estarmos envolvidos por um mundo verde e bonito onde o que se ouve são as vozes das pessoas e o cantar dos pássaros.
(Dracaena cinnabari: a árvore sangue de dragão)
A Dracaena Cinnabari é uma árvore nativa do pequeno arquipélago de Socotra no Oceano Índico, próximo Nordeste Africano. Ela é conhecida como ‘árvore sangue do dragão’ em função da sua seiva vermelha. No passado, a seiva era muito procurada como medicamento e corante. A Dracaena cinnabari é uma das plantas mais marcantes de Socotra, ela tem uma aparência estranha, assemelhando-se a um guarda-chuva virado pelo vento. A espécie foi descrita formalmente por Isaac Bayley Balfour em 1882.
Segundo uma lenda árabe, um elefante e um dragão lutaram até a morte na ilha africana de Socotra, a sudeste do Iêmen, fazendo brotar lá uma árvore cuja seiva é vermelha como sangue. Mas a ciência sabe que foi a batalha pela sobrevivência que encheu o lugar de plantas exóticas como o sangue-de-dragão. Há 10 milhões de anos, Socotra não era uma ilha. Seus 3 600 quilômetros quadrados estavam colados na África e faziam parte da actual Somália. De lá para cá o nível do mar subiu e ela ficou isolada no Oceano Índico. Enquanto rinocerontes acabaram com a vegetação costeira em terra firme, a flora da ilha sobreviveu às mudanças ambientais. As espécies mais resistentes ao clima semi-árido, com ventos de até 43 quilômetros por hora, transformaram Socotra num dos maiores depósitos de espécies endêmicas – aquelas que só crescem em um lugar – de todo o mundo. São quase 300 plantas que só existem ali, segundo o relato dos botânicos escoceses Diccon Alexander e Anthony Miller, do Royal Botanic Garden de Edinburgo, publicado na revista inglesa New Scientist.
As particularidades e curiosidades de muitas das plantas que se encontram no Jardim Botânico de Lisboa são imensas. Mais uma vez me refiro a uma das plantas que mais me impressionou logo da primeira vez que visitei o Jardim como aluna da Faculdade que ainda ali funcionava na altura. É uma árvore alta cujo trono parece estar "grávido". Faz a acumulação de água como forma de sobrevivência e apresenta numerosos picos por todo o tronco talvez como forma de protecção em relação a pequenos animais.
(Fotografias tiradas em Julho de 2012, informações retiradas da NET)