Éramos jovens. Com o nosso pequeno grupo de amigos quantas vezes, de carro ou a pé, não atravessámos o Rio Sado para nos dirigirmos àquela península da qual se vislumbra na outra margem do estuário a bonita Serra da Arrábida que, segundo alguns pintores, tem a melhor luz para pintar da Europa. Mas o nosso objectivo era outro. Íamos para o complexo de piscinas enorme, bem estruturado e alegre no comboinho aberto que podíamos apanhar perto do cais.
Hoje, essas piscinas estão desactivadas e os barcos levam apenas passageiros para aquele local onde descíamos antigamente. Os "ferryboats" passaram a atracar mais longe. Porém, os barcos de passageiros são, hoje, muito confortáveis e a sua cor para mim não podia realçar mais no azul marinho.
A aproximação da Península de Tróia é rápida. Evidencia-se o edifício do casino. Construções brancas impõem-se sobre o cais onde os veleiros aportam na marina.
Depois de um dia bem passado numa Tróia tão diferente da "nossa", era a hora de voltar. Sem dúvida de que Tróia está bem cuidada apesar mesmo da crise. Mas há uma coisa que vai levar tempo a voltar __ os pinheiros, plátanos e eucaliptos frondosos que davam a frescura e o verde que hoje falta a Tróia. O "jardim dos passarinhos" onde levávamos os nossos filhos para darem pão à passarada que por lá andava também já está difícil de encontrar. Resta-nos esperar que as árvores que, entretanto, foram sendo plantadas voltem a encher o espaço e o ar com todo o seu esplendor.
(Fotografias tiradas em Agosto de 2012)
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