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O último dia de Verão aproxima-se. Está uma tarde fabulosa, embora o fresquinho do Outono já se comece a anunciar.
Rumámos àquela casa onde se contam histórias. Histórias possíveis num mundo de fantasia, por vezes até mesmo algo erótico ou mórbido, que retratam situações imaginárias e de vidas reais muitas vezes pouco felizes. São, frequentemente, retratos de sofrimento e angústias, de ansiedade, desolação, solidão e medo. É a Casa das Histórias Paula Rego.
Paula Rego... para mim, ela própria é uma personagem algo estranha, tal como muitas daquelas personagens que saiem dos seus lápis, colagens, pastéis ou tintas. Algo confusa, como a composição dos seus quadros. Uma imaginação profusa, perturbadora e acusatória de situações melindrosas se não mesmo inconfessáveis. A mulher, sempre a mulher... E mais a mulher, o cão, o coelho, o macaco... O aborto... A espera, a sensualidade e a revolta.
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Perturbar... Será esse o seu objectivo?!... Mexer com os sentidos, os sentimentos e as consciências?... O culto do feio e do inquietante?!...
Perturbar... Será esse o seu objectivo?!... Mexer com os sentidos, os sentimentos e as consciências?... O culto do feio e do inquietante?!...
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Sem dúvida de que consegue transmitir nos seus trabalhos a angústia de uma existência inquieta, medos e traumas de infância, bem como um incómodo difícil de definir.
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Sem dúvida de que consegue transmitir nos seus trabalhos a angústia de uma existência inquieta, medos e traumas de infância, bem como um incómodo difícil de definir.
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Gostámos?!...
Gostei da forma de pintar em geral, da pincelada, do traço. E gostei, especialmente, da aplicação do pastel em vários dos seus quadros, independentemente da composição dos mesmos, sobretudo a nível estético.
Gostei da forma de pintar em geral, da pincelada, do traço. E gostei, especialmente, da aplicação do pastel em vários dos seus quadros, independentemente da composição dos mesmos, sobretudo a nível estético.
Detestei as colagens apresentadas, bem como os trabalhos iniciais da exposição.
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Na representação mais figurativa reconheci a perícia do desenho, uma criatividade fantástica, diversificada e estranha, para além da transmissão de sentimentos fortes e gritantes suspensos no ar e em confronto com o observador, que causam um certo desconforto.
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Vale a pena visitar?
Pelo menos não se fica indiferente.
Não sou de todo entendida em pintura. Paula Rego, é considerada um expoente da pintura contemporânea. Ainda assim, atrevo-me a comentar. Apenas faço aquilo que faz o comum das pessoas. Gosto ou não gosto. Sinto ou não sinto... O que, neste caso, é ambíguo.
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Não sou de todo entendida em pintura. Paula Rego, é considerada um expoente da pintura contemporânea. Ainda assim, atrevo-me a comentar. Apenas faço aquilo que faz o comum das pessoas. Gosto ou não gosto. Sinto ou não sinto... O que, neste caso, é ambíguo.
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Mas, quem é a avó Paula Rego?...
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Da sua neta Lola Willing: __"É uma avó fantástica, muito companheira, um pouco louca, mas eu adoro-a. Gosto muito da sua pintura e entendo perfeitamente porque é que o seu trabalho é adorado em todo o mundo".
(em entrevista à revista CARAS de 26 de Setembro)
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"A Casa das Histórias Paula Rego, que a artista almeja que venha a ser um espaço “divertido, despretensioso, vivo, cheio de alegria e de muitas maldades”, apresenta como missão o conhecimento e a fruição da obra de Paula Rego e das suas ligações artísticas."
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(Retirado da NET - em anúncio da inauguração)
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Tenho que lá voltar!...
E procurar ver com outros olhos. Ou, os mesmos, quem sabe?
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1 comentário:
PARECE-ME UMA BOA ANÁLISE MAS,COMO SABES, NÃO APRECIO O GÉNERO E,CHEGO
ATÉ A SENTIR UM CERTO HORROR.
MAS, QUEM SOU EU...
BEIJINHOS. M.M.
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