(Imagem tirada da NET)
.
Fim de tarde. As luzes começavam a luzir aqui e ali. Luzes que se reflectiam no mar com as suas cores amarelas e brancas em riscas descontínuas. Os rodados dos carros soavam ao longe. O murmurar das ondas chegava-nos suave...
Sim. Olhavas esse senhor que suavemente fazia rolar mantos de espuma em direcção às areias. Eram fitas brancas de bolhas de ar e água que se iam sucedendo como colares de pérolas no manto escuro em que se ia transformando o mar.
Tão tranquilo, tão magestoso, tão meigo...
Mas, do outro lado do Mundo, eis que, senhor de todo o seu poder e raiva, destrói tudo à sua passagem. Arrasta casas, pessoas, carros, tudo que mexa ou esteja agarrado ao chão. Cria o caos, a angústia e a desolação. Perdas irreparáveis para hoje e para sempre.
Como pode a Natureza ser tão inconstante? Como pode o mar fazer-nos sonhar e rir de prazer ou chorar com tanto desalento, desamparo e impotência.
Disseram-me, na altura: __" A Natureza está a virar-se contra nós..." Será que está? É altura de nos perguntarmos __ "...e que estamos nós a fazer-lhe a ela?!..."
Aqui ou lá, as placas em movimento ninguém pode controlar. Elas movem-se porque respondem à dinâmica natural da Terra. O agigantamento das ondas do mar, responde a forças incontroláveis. Mas, e as centrais nucleares? Pior do que o "tsunami", só mesmo a radioactividade descontrolada.
.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário