domingo, 13 de novembro de 2011

PINTANDO A VIDA

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(Foto do Bob - Novembro 2011)


Bob, Bobi, bichano, Zita, Ronrom, Baba, "sem nome", a lista é infinda... São também estes companheiros que nos ajudam a cantar e a pintar uma vida mais alegre.
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Não sou pintora nem me atrevo a mencioná-lo... mas tenho o enorme prazer de pegar num pincel e ir derramando tinta sobre tela vendo aparecer imagens, ideias, sentimentos, cor e ainda a alegria da partilha de algo que ficará para além de nós.

"Toda a arte é autobiográfica e nela reflectimos a nossa maneira de ser, cantando ou pintando". Dizer que o que pinto é arte é de grande pretensão. Mas, que reflecte o que sinto, às vezes, é verdade.


Segundo Dale Carnegie: "Somos aquilo que as experiências, o meio e a hereditariedade fizeram de nós. Para nosso bem ou para nosso mal devemos cultivar o nosso pequeno jardim. Para nosso bem ou nosso mal, teremos que tocar o nosso pequeno instrumento na orquesta da vida."


Bem ou mal todos nós pintamos a nossa vida à medida que o tempo passa, fazemos soar os seus acordes em melodias variadas. São quadros em que esboçamos: Cenas alegres ou tristes, explosivas ou melancólicas, agitadas ou tranquilas e tantas e tantas outras, acompanhadas das cantigas que conseguimos cantar.

Em certas alturas, o pincel flui com uma ligeireza e a alegria que torna os nossos dias felizes, vivos, produtivos, coloridos com todos os matizes que vamos encontrando nos pedacinhos de cor que nos salpicam ou vamos encontrando em volta __ são as gentes que nos são queridas e que nos ajudam a dar sentido à vida que pintamos; é tudo aquilo de que gostamos e vai dando sabor e cor aos vários momentos que delineamos e de que vamos aprendendo a desfrutar e a agarrar... se tivermos arte para isso!

Mas há "os outros momentos"... Os momentos em que os borrões se sucedem, em que o pincel não é firme, treme, esborrata e a música desafina. Tudo parece negro. Ondas de cinza, antracite, rios de tons que não se distinguem, mancham a nossa pintura, tornam-na obscura, confusa, difusa... um buraco sem fundo, um labirinto sem saída. Os ouvidos doridos das notas que silvam... Aí, por mais artistas que sejamos, é difícil encontrar uma solução. Mas há sempre uma mão que nos pode dar um toque, um "clic" que nos abre a luz, um trautear que nos enche o espírito, o pincel que de novo começa a correr, que encontra soluções e que deposita as cores de esperança em novas saídas, as cores de uma nova alegria reencontrada, a leveza do sentimento que voltamos a deixar fluir no pincel e no trautear da canção o que nos deixa voltar a reflectir o que somos na vida que vamos pintando. Sim... Aí somos verdadeiros artistas!...



(Foto retirada da NET)

Tal como uma criança, aprendemos a pegar num pincel todos os dias,
 para repintarmos a vida...



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