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Estávamos em Lourenço Marques. Íamos para Luanda. Estava tudo encaixotado. Quase que só faltava embarcar. Mas, surge o problema __ o barco que deveríamos apanhar encalhou... Teríamos que esperar pelo próximo paquete.
E agora? Que fazer? A casa onde tinhamos vivido era alugada e já estava entregue. Para onde ir? Mas sempre há quem nos “desenrasque”... Uns amigos emprestaram-nos uma casa no Bilene. Uma praia que fica a alguns kms de Lourenço Marques. Fomos para lá, enquanto esperávamos para embarcar finalmente.
A casa tinha chão de cimento mal afagado, as portas eram verde cor de alface, o telhado de zinco, ficava em cima da areia frente ao mar do qual estava a poucos metros. À frente da casa, voltado para o mar, havia um telheiro feito de troncos de madeira e chapa de zinco. Passávamos aí grande parte do tempo. Na verdade, não estávamos num palácio, mas passámos lá uma das melhores temporadas das nossas vidas. A indumentária para todo o dia era o fato de banho e, quando preciso , as havaianas. Normalmente, andávamos descalços.
Nunca mais irei esquecer aqueles nascer e pôr do sol; aquela liberdade absoluta durante todo o dia; o leite em pó que dissolvíamos na água de garrafão que eu e o meu irmão íamos buscar; aquele bocado de praia só para nós; aquela água tépida; aquelas portas verde alface; aquele telhado de zinco...
E agora? Que fazer? A casa onde tinhamos vivido era alugada e já estava entregue. Para onde ir? Mas sempre há quem nos “desenrasque”... Uns amigos emprestaram-nos uma casa no Bilene. Uma praia que fica a alguns kms de Lourenço Marques. Fomos para lá, enquanto esperávamos para embarcar finalmente.
A casa tinha chão de cimento mal afagado, as portas eram verde cor de alface, o telhado de zinco, ficava em cima da areia frente ao mar do qual estava a poucos metros. À frente da casa, voltado para o mar, havia um telheiro feito de troncos de madeira e chapa de zinco. Passávamos aí grande parte do tempo. Na verdade, não estávamos num palácio, mas passámos lá uma das melhores temporadas das nossas vidas. A indumentária para todo o dia era o fato de banho e, quando preciso , as havaianas. Normalmente, andávamos descalços.
Nunca mais irei esquecer aqueles nascer e pôr do sol; aquela liberdade absoluta durante todo o dia; o leite em pó que dissolvíamos na água de garrafão que eu e o meu irmão íamos buscar; aquele bocado de praia só para nós; aquela água tépida; aquelas portas verde alface; aquele telhado de zinco...
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Ainda bem que o barco encalhou!...
(Fotos retiradas da NET).
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2 comentários:
FORAM NA REALIDADE UMAS BELÍSSIMAS
FÉRIAS !!! OU SERÁ QUE AS IDADES
ASSIM AS FIZERAM PARECER?...
TAMBÉM,HOJE EM DIA,VAMOS TENDO UMAS BOAS FÉRIAS,SÓ QUE OS ANOS
PASSARAM ...
O tempo tem peso e passa.
Mas, a beleza do nascer-do-Sol manhã cedo na areia da praia onde o mar vinha lamber os pés molhados, a beleza do pôr-do-Sol e o sentimento de liberdade absoluta, nem o tempo consegue apagar.
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