O abraço é como um laço que se aperta e que prende mas não escraviza e não sufoca. Os braços envolvem o corpo em que outro coração bate. As palavras não são precisas. O coração fala por si. A linguagem está no calor do momento de envolvimento, está no reconhecimento de um sentimento de alegria ou de tristeza, de incentivo, de apaziguamento, de conforto ou no simples sentimento de prazer, do calor humano ou da amizade.
Assim como o laço se enrola, se enrosca, se vira e revira, também se desfaz deslizando devagarinho, desmanchando-se a qualquer momento, deixando livres as duas pontas do laço. Cada ponta fica para seu lado, mais ou menos amarfanhada... mas livre para se recompôr e voltar a enredar.
No abraço, corpo contra corpo, sentimento ao encontro de sentimento, coração com coração, tudo se aperta e se volta a soltar. Deixando, tal como na laçada, duas pontas soltas mas talvez mais fortes e prontas para um novo recomeço.
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