O Chiado... Um espaço que foi História. Um espaço que foi musa de quanto poeta, escritor ou filósofo por aqui andou. Chiado, ponto alto de compras das senhoras de Lisboa. Zona que foi "chique". Zona que foi ponto de encontro de quem por aqui conspirou, por aqui via e se fazia ver, por aqui era moda e desenvolvia novas teorias e filosofias. E mais ainda esteve ligado aos negócios que se faziam ali bem perto com as Províncias Ultramarinas dos tempos de antigamente.
Hoje, passamos por ruas íngremes. Prédios recuperados. Construções sólidas. Bonitos varandins. Os sempre presentes candeeiros de ferro forjado projectados das paredes. Janelas, torreões, beirados dos telhados cuidadosamente trabalhados. Lojas que vão conseguindo vencer a concorrência das grandes superfícies pela excelência dos serviços e artigos que oferecem e, sobretudo, pelo enorme afluxo de turistas que ali se deslocam, particularmente, nesta altura do ano __ o Verão.
Subindo a Rua do Alecrim
Vamos subindo a Rua do Alecrim e dirigindo-nos para as zonas do Bairro Alto. Casas antigas, mais velhas e menos cuidadas que, hoje, são objecto de uma maior recuperação. Podemos espreitar as ruas estreitinhas que partem da Rua do Alecrim por onde podemos subir de eléctrico. São vielas calcetadas onde os vizinhos ainda se vão conhecendo apesar de estarem no centro de uma capital. Há pequenas tasquinhas e bares. Galerias de arte, bem como lojinhas "gourmet", incluindo "boutiques" que são, hoje, uma moda no Bairro Alto, sobretudo para a gente nova. Pena é que, por vezes, a "noite" seja tão "desorganizada" e limitada ao consumo de álcool, já que as condições de fazer algo de interessante são excelentes.
Largo de S. Roque
Chafariz do Miradouro de S. Pedro debruçado sobre a cidade que se espraia a seus pés.
Finalmente, chegamos ao Princípe Real. É um largo com um jardim lindíssimo para onde gentes de todas as idades se deslocam para passar uns momentos tranquilos de repouso ou convívio. As árvores frondosas são convidativas para nos sentarmos nos bancos corridos que salpicam todos os caminhos que cruzam o parque, ou então sentar na relva e, (por que não?), até mesmo deitar. É curioso ver os pequenos grupos de idosos ou homens reformados mais novos que aqui se reunem em mesas para conversarem e jogarem, passando ali os seus momentos livres quando o tempo o permite. Pode-se dizer que é um pequeno oásis no meio do bulício da cidade que está mesmo ali ao atravessar do passeio calcetado.
(Fotografias tiradas em Julho 2012)
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