terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

UMA ELEFANTE VOLUNTARIOSA EM CHIANG MAI... NORTE DA TAILÂNDIA

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Estava grávida. Era pesada. O ventre dilatado. Movia-se de forma lenta e ritmada. O seu cornaca pouco ou nada se mexia. Ela era dócil e pachorrenta mas, ao mesmo tempo, caprichosa. Talvez fosse do seu estado interessante...
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Estávamos no meio da selva, no Norte da Tailândia, em Chiang Mai, num campo de treino de elefantes. Estava a ser uma experiência curiosa mas, sobretudo, emocionante e divertida. Tudo porque tínhamos no grupo uma elefante grávida, de desejos e determinada a fazer o que bem entendesse para satisfazer a sua fome insaciável. Claro está que, como uma grávida não se contraria, o seu condutor, não intervinha e, pacientemente, aguardava que ela saciasse o seu apetite.
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Isto implicava que nós fossemos passando pelas situações mais caricatas.


(Imagem retirada da NET)


Tinha chovido durante a noite e, naquela manhã, ainda chuviscava, de vez em quando. O chão estava enlameado e as estreitas veredas por onde passávamos, para além de terem uma certa inclinação, porque eram escavadas na encosta do monte, estavam cheias de poças de água e lama, o que as tornava bastante escorregadias.

A vegetação era abundante. Mas, também, só assim, é possível alimentar aqueles paquidermes devoradores de ramos e folhas. A nossa amiga, então, era uma máquina trituradora mas, para mal dos nossos pecados, extremamente selectiva.

Foi assim que passámos uma parte do nosso percurso a ver quando caíamos do alto do nosso assento, ao ficarmos pendurados, enquanto a nossa elefante satisfazia os seus desejos... Até porque, os ramos mais apetecíveis, estavam sempre uns poucos de metros mais abaixo da vereda onde nos encontrávamos. E, ela lá ia, patas dianteiras a deslizarem declive abaixo... Só pensávamos: __”É desta!...” A única coisa que, de certa forma, nos tranquilizava, era olhar para o nosso cornaca que, pacientemente esperava, não dando mostras da menor inquietação.

Estas “manobras” envolviam mais do que um dos elefantes, porque iam todos em fila. E, quando um “travava”, logo os outros tinham que desviar para outra vereda ou, então, no caso dela, aguardar que a futura mamã acabasse o seu repasto.

Penso que rir em cima de um elefante divertidos mas, ao mesmo tempo, com algum receio, não estava incluído no programa da visita. Mas, foi o que nos que aconteceu __ não é todos os dias que se vai a escorregar no dorso de uma elefante, tentando mantermo-nos lá em cima e, ao mesmo tempo, tentando equilibrar um guarda chuva que teima em acompanhar os movimentos ora cadenciados, ora descoordenados, da nossa companheira comilona; não é todos os dias que uma elefante se ajoelha ou desliza ravina abaixo para chegar àquele raminho que estava mesmo a apetecer, porque está de
esperanças...




(Imagem da NET)


Comparado com isto, nem o jogo de futebol entre duas equipas de elefantes em plena selva, nem as suas habilidades de circo, podiam ser tão “emocionantes”. Pode dizer-se que foi uma visita bem completa!...
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1 comentário:

Anónimo disse...

INTERESSANTE,MAS NÃO SEI SE GOSTARIA MUITO DE ME VER NUMA SITUAÇÃO IDÊNTICA . . .

BELAS RECORDAÇÕES,NO ENTANTO.

BJS.