Autor Dalí (NET)
Qual D. Quixote, por vezes, lançamo-nos contra moinhos de vento. É preciso que nos digam: "Larga a lança e desce do cavalo".
Qual folha de Outono em dia soalheiro e de vento, rodopiamos no ar, tentando alcançar a altura que podemos, para tentarmos resolver, o que quer que seja, daquilo que nos fere ouvidos, olhos e sentimentos. Então, vem rajada mais forte e nos lança no chão dizendo que ali é mais seguro, mesmo que pé incauto nos possa pisar.
Qual planta daninha insistimos em manter a seiva correr nos ramos, folhas e flores... Há, porém, aqueles em que, essa seiva seca, o viço das folhas e a força das convicções. Mas, plantas daninhas que são, outros, deixam-na correr docemente... ainda que, como plantas daninhas que são, isso pouco importe. Sim, porque são apenas insignificantes plantas daninhas!...
Bem que a seiva pode correr até ao fim dos dias, que o esquecimento apaga aquela que foi a ilusão de um dia ser __ erva daninha num campo de flores.
A utopia dos meus sonhos, é tão grande, como a certeza de que, daqui a uns anos, meses, semanas, após ter "partido", ou mesmo à porta do cemitério onde se conta uma anedota, a dor da nossa perda fica esquecida.
Expomo-nos porquê?!... Para quê?!... Para quem?!...
Resta a esperança de que a nossa seiva seja também a de outro alguém que um dia foi (ou é) D. Quixote; foi (ou é) folha de Outono; ou foi (ou é) erva daninha. Erva daninha, que teima em deixar correr a sua seiva mesmo e quando a química dos nossos neurónios nos prega partidas.
A QUÍMICA DOS MEUS NEURÓNIOS!... Que tudo torna possível __ acreditar na utopia das palavras que solto, no desejo absurdo que sinto, na esperança impossível que tenho. Ainda que, os moinhos, sejam miragens e o Inverno venha com rajadas que rasgam, despedaçam, esburacam as folhas que somos. Ainda que, a seiva da utopia, teime em correr em nós.
NÓS, ERVAS DANINHAS QUE SOMOS!...
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1 comentário:
SEMPRE CONTIGO...ENTENDES???
BJS.
M.M.
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