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(NET)
Tudo é possível... Tudo é possível, tudo é contestável, tudo deve e tem que ser feito de imediato. A voz sai rápida. O pensamento é urgente. A escrita ligeira.
Quem somos nós?... Ninguém de especial. Vulgares transeuntes neste passeio, que é o passeio da vida.
Mas, para nós, tudo deve obedecer a uma justiça igual para todos. Tudo é belo ou feio. Muito feio, às vezes. Muito injusto.
Às vezes, há vozes que nos “cercam”, vozes que nos “apontam”... O olhar atento a tudo que passa, a tudo que é. Repara-se no que, normalmente, não se vê... A verdade das coisas que não se podem resolver. (Ou, será que podem?). Sempre a dúvida. A certeza de ser, a dúvida de dever. Ir além das nossas passadas. Ir além do que nos é permitido, do que nos é atribuído, do que é esperado podermos alcançar.
Quem somos nós?... Ninguém de especial. Vulgares transeuntes neste passeio, que é o passeio da vida.
Mas, para nós, tudo deve obedecer a uma justiça igual para todos. Tudo é belo ou feio. Muito feio, às vezes. Muito injusto.
Às vezes, há vozes que nos “cercam”, vozes que nos “apontam”... O olhar atento a tudo que passa, a tudo que é. Repara-se no que, normalmente, não se vê... A verdade das coisas que não se podem resolver. (Ou, será que podem?). Sempre a dúvida. A certeza de ser, a dúvida de dever. Ir além das nossas passadas. Ir além do que nos é permitido, do que nos é atribuído, do que é esperado podermos alcançar.
Até que começamos a chegar ao limite. A ultrapassar barreias. A querer impor o nosso querer, a nossa “verdade”. Somos inabaláveis, nada nos quebra, nada nos dissuade. Somos donos da razão. Já nada nos pára. A nossa avaliação crítica alcança tudo e todos, sobretudo, quem mais julgamos poder ser o veículo dos nossos quereres e ideais.
Estamos no limiar. Aí entram os químicos, as palavras amigas do bom senso e do apoio de quem nos conhece e sabe como somos, a sua disponibilidade e até o seu carinho.
O fogo ateado e incontrolável aplaca-se. As coisas perdem a sua intensidade. Somos os mesmos. Continuamos a ter as nossas crenças. Reconhecemos a nossa impotência perante aquilo que se chama realidade. Perante aquilo que vai ficar sempre na mesma, pelo menos pela nossa intervenção. Nós, meros transeuntes nesta terra que, afinal, é nossa também. Mas isso fica para outros __ Que outros?!... Porquê, outros?... A sociedade é que sabe.
Ressurgidos da bruma mais calmos, com o número de comprimidos aumentado até quando não se sabe bem __ Umas semanas?!... O tempo que for preciso. Além disso, também talvez possamos ir aprendendo a fazer as mesmas coisas com menos certezas, com menos estardalhaço. Baixar os braços é que não!
A única certeza é a de que como eu muitos outros conseguiram ultrapassar as suas crises, com a compreensão e amizade de quem os acompanha e ajuda. E, todos os outros?!... Sei que há coisas que se vão fazendo... Mas, chegará para todos?
Por isso, quanto mais se souber sobre a DOENÇA BIPOLAR, tanto melhor. Ainda que só o possamos fazer porque falamos na primeira pessoa. O que me leva a deixar, aqui, o meu relato que, talvez, não valha de nada, mas talvez possa servir como contributo para uma causa que é a minha... Ajudar a conviver e enfrentar a doença que também é minha...
O fogo ateado e incontrolável aplaca-se. As coisas perdem a sua intensidade. Somos os mesmos. Continuamos a ter as nossas crenças. Reconhecemos a nossa impotência perante aquilo que se chama realidade. Perante aquilo que vai ficar sempre na mesma, pelo menos pela nossa intervenção. Nós, meros transeuntes nesta terra que, afinal, é nossa também. Mas isso fica para outros __ Que outros?!... Porquê, outros?... A sociedade é que sabe.
Ressurgidos da bruma mais calmos, com o número de comprimidos aumentado até quando não se sabe bem __ Umas semanas?!... O tempo que for preciso. Além disso, também talvez possamos ir aprendendo a fazer as mesmas coisas com menos certezas, com menos estardalhaço. Baixar os braços é que não!
A única certeza é a de que como eu muitos outros conseguiram ultrapassar as suas crises, com a compreensão e amizade de quem os acompanha e ajuda. E, todos os outros?!... Sei que há coisas que se vão fazendo... Mas, chegará para todos?
Por isso, quanto mais se souber sobre a DOENÇA BIPOLAR, tanto melhor. Ainda que só o possamos fazer porque falamos na primeira pessoa. O que me leva a deixar, aqui, o meu relato que, talvez, não valha de nada, mas talvez possa servir como contributo para uma causa que é a minha... Ajudar a conviver e enfrentar a doença que também é minha...
CASTELO DE S. JORGE
Ressurgir da Bruma – Tal como, o nosso castelo de S. Jorge, foi assaltado tantas vezes; tal com D. Sebastião iria aparecer da bruma e se diz que, o povo, ainda espera por esse “milagre”... Eu ressurgi uma vez mais do "fundo de mim mesma". "Fundo" que para nós sempre lá estará. Para mim e para milhões de pessoas.
Somos BIPOLARES. Porque não o havemos de dizer na primeira pessoa? Temos que ter vergonha daquilo que somos, porque as pessoas não sabem lá muito bem o que é?!... Não tenho nenhum doutoramento no que é ser bipolar, mas a vida não é feita só de coisas bonitas. Também é feita de outras coisa. Por isso escrevo no meu “blog” aquilo que senti, sinto ou sentirei, enquanto, esta doença não tiver cura, doença que nos deixa sempre em alerta e a quem nos rodeia...
Somos BIPOLARES. Porque não o havemos de dizer na primeira pessoa? Temos que ter vergonha daquilo que somos, porque as pessoas não sabem lá muito bem o que é?!... Não tenho nenhum doutoramento no que é ser bipolar, mas a vida não é feita só de coisas bonitas. Também é feita de outras coisa. Por isso escrevo no meu “blog” aquilo que senti, sinto ou sentirei, enquanto, esta doença não tiver cura, doença que nos deixa sempre em alerta e a quem nos rodeia...
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