__” Falas, falas, mas não abdicas da tua casa com os muros altos. Cada vez mais altos...” . Será que ele tem razão?
Que ando para aqui a fazer? A esbravejar, porquê?
Não posso mudar o Mundo, é demasiado grande para isso. Não quero abdicar do meu, quando comparado com uma infinidade de outros que estão à minha volta, aqui e além mar. Em todas as terras e continentes por onde passei.
Nós não podemos mudar o mundo grande, mas podemos fazer algumas tentativas no pequenino. Naquele que nos acompanha no dia a dia. Terei tentado, sempre, fazer isso? Talvez. E, por vezes, com sucesso. As mais das vezes, de forma tão desajeitada que saiu tudo errado. Nem a mim própria fui capaz de ajudar.
Gostaria de ter coragem para abdicar da minha casa com grades altas, mas não tenho; passar além do meu quintal, mas não consigo; saltar as barreiras do incerto e desconhecido, mas não posso.
DÓI...DÓI... DÓI... Mas, o “DESAPEGO” não me é possível, até mesmo de coisas materiais.
Que ando para aqui a fazer? A esbravejar, porquê?
Não posso mudar o Mundo, é demasiado grande para isso. Não quero abdicar do meu, quando comparado com uma infinidade de outros que estão à minha volta, aqui e além mar. Em todas as terras e continentes por onde passei.
Nós não podemos mudar o mundo grande, mas podemos fazer algumas tentativas no pequenino. Naquele que nos acompanha no dia a dia. Terei tentado, sempre, fazer isso? Talvez. E, por vezes, com sucesso. As mais das vezes, de forma tão desajeitada que saiu tudo errado. Nem a mim própria fui capaz de ajudar.
Gostaria de ter coragem para abdicar da minha casa com grades altas, mas não tenho; passar além do meu quintal, mas não consigo; saltar as barreiras do incerto e desconhecido, mas não posso.
“DESAPEGO”! Não o tenho. Receio um futuro em que venha a passar para o mundo daqueles que são e continuarão a ser uma infinidade. Daqueles que não têm grades altas, porque não têm casa de que abdicar; daqueles que não receiam passar o seu quintal, porque não o têm; daqueles que não saltam as barreiras do incerto e do desconhecido, porque já estão do lado de lá.
Como seria mais fácil o “DESAPEGO”, se estivéssemos num mundo mais justo. Há quem consiga. Eu não. Mantenho-me atrás das grades do meu quintal, olhando por cima do muro as barreiras que gostaríamos de passar... As barreiras que nos apertam o peito esmagado pela coragem que esmorece e nos aprisiona nesta viagem que deveria ser tranquila e de entreajuda e é, muitas vezes, uma viagem de guerra, quezílias e desajuda.
Sem comentários:
Enviar um comentário