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Dezembro chegou. Cascais está engalanada _ as ruas, as montras. Cascais em festa. Torna-se mais chamativa, mais apetitosa. Mas também a crise aqui chegou. Ainda, assim, há com que regalar a vista e, para quem o possa, fazer compras de Natal. A oferta é diversa.
Vitrinas de roupas francesas; calçado italiano; almofadas indianas; bugigangas chinesas; arte africana; galos de Barcelos... Umas mais sofisticadas, outras mais simples. Que têm em comum todas estas vitrinas?
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O reflexo. O reflexo do acolhimento português. Vitrinas que brilham... Nelas se reflecte a calçada. Em todas elas, uma marca bem portuguesa. A nossa calçada!... A calçada pisada por homens, mulheres e crianças que a vão percorrendo ligeiros e distraídos ou parando a espaços diante daqueles verdadeiros espelhos... Espelhos que nos mostram o conteúdo da vitrina e nos dão de volta uma cara nacional ou estrangeira de homem, de mulher ou criança...
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Mas, há outros "natais" e outros Cascais. E bem próximo do centro de Cascais, janelas emparedadas, grafitis... Casas fechadas que marcam o fim de um ciclo. E o que virá depois? Cimento, ferro, vidro?...
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E, quem pintou o boneco de neve, também, terá Natal? Uma casa para pôr a sua árvore?... Isto, dá que pensar!...
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