quinta-feira, 30 de agosto de 2012

CACELA VELHA - VISTA PANORÂMICA SOBRE A RIA FORMOSA - ALGARVE / PORTUGAL







A Cacela Velha é uma pequena aldeia localizada numa elevação granítica em frente à Ria Formosa e ao mar de onde se vislumbra uma das mais belas vistas panorâmicas do sotavento algarvio.




Beleza pacífica que se alonga em fim de tarde tranquila junto ao mar. Tarde de Verão. Hora de maré vaza. O sapal mostra-se em toda a sua extensão. 




Aqui começa a Ria Formosa que se prolonga até Faro... 




__"Ria Formosa"!... As imagens não precisam de mais palavras. Estende-se desde a Cacela Velha até Faro para Oeste, ou seja, para a nossa direita estando nós voltados para Sul.





É formada por diversos canais de água pouco profundos fazendo a separação entre o Oceano Atlântico e o Continente por uma fina língua de areia (barreira dunar), que é atravessada por diversas barras  naturais originando o aparecimento de várias ilhas que se vão continuando no mesmo alinhamento.





É uma zona de grande importância para o "habitat" de numerosas espécies de aves. E, a nível botânico, é bastante interessante devido à vegetação existente nas zonas de duna e de sapal.






(Parte do painel de azulejo colocado junto ao Forte para orientação dos visitantes)



(Fotografias tiradas em Agosto de 2012 / Algumas das informações retiradas da NET))


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ALGARVE / PORTUGAL - TERRA BOA P'RA SE ESTAR!...






Algarve __ branco, azul e amarelo...

O caiado das tuas casas ofusca os nossos olhos,

O azul do céu e do mar ao cruzarem no horizonte, 
refrescam a nossa alma...
Sim, que é Verão e o mercúrio sobe com a temperatura do ar...
E enquanto o amarelo do Sol faz vibrar a cor da areia,
Areia branca e quente em que deixamos a marca dos nossos pés,
Tu, ó Lua redonda, afugentas o breu da noite,
Espelhas-te em esteira longa sobre as ondas do mar,
Convidando-nos a um novo caminhar.






Algarve deste nosso Portugal...

Terra que apregoa a liberdade de ser e a liberdade de estar.
Mar tranquilo, gente boa, paisagem bela.
Bela pelo vermelho da terra, pela robustez das plantas,
Pelo casario simples e alegre e as temperaturas amenas...
O morno da aragem e o canto dos grilos que nas noites de Verão,
Nos fazem adiar a hora de ir deitar.  

Viajámos Mundo inteiro.

Fomos onde o sonho nos levou... 
Vimos muito deste Mundo...
Vimo-lo retratado em revistas, postais e filmes. 
Nos relatos do programa  "Portugueses pelo Mundo"...
Moscovo, Emiratos, Tailândia, Peru, Cuba...
Algarve, Lisboa, Cascais...
E a conclusão é sempre a mesma...
Sorte a nossa que fostes vós, ó partes de Portugal, 
que nos vieram a nós calhar.
Pois não há cantinho da Terra onde queiramos mais viver!...






Algarve!... Portugal... Terra boa p'ra se estar!...

Em que, em quem vem, fica sempre a vontade de voltar...


(Fotografia tirada em Agosto de 2012)


terça-feira, 14 de agosto de 2012

PELAS PRAIAS DE PORTUGAL - SOTAVENTO ALGARVIO - AINDA HÁ PARAÍSOS NA PRAIA - ALTURA / ALGARVE


















(Fotografias tiradas em Agosto de 2012)



TRÓIA, HOJE E ONTÉM - UMA PRAIA QUE VALE A PENA - SETÚBAL / PORTUGAL




Só o saudosismo nos pode fazer pensar que em inúmeros aspectos Tróia não esteja melhor hoje. As arquitecturas, os espaços, os alojamentos estão pensados até ao pormenor. Só que Tróia vai ter que crescer outra vez em relação ao arvoredo e pequenas matas que venham a substituir as que lá existiam. As árvores já começam a marcar presença. A Ecologia é uma preocupação constante em todo o empreendimento.  




Sim... da Tróia "antiga" ficou a lembrança das nossas idas em grupo para as piscinas onde nadávamos e brincávamos como gente jovem que éramos. Ficam os dois primeiros Verões do nosso filho lá passados porque "em Tróia é mais seguro, ele ainda é demasiado bebé e, se alguma coisa acontecer, estamos mais perto de Lisboa"... Ficam os primeiros passos dados por ele sem a ajuda das mãos de alguém... Ficam os anos em que os miúdos ainda pequenos passavam uma parte das férias de Verão com os avós... Dos passeios na praia a apanhar conchas. Dos mergulhos no mar que estava de certa forma assoreado junto à praia e formava poças espectaculares para as brincadeiras. Os passeios de bicicleta ou nos carrinhos a pedal que, por coincidência, estão hoje em Altura... No ir dar de comer aos gatos que ainda hoje abundam por aquelas bandas, e levar pão duro aos pássaros que esperavam por quem lá fosse no "jardim dos passarinhos"... E o descanso que era quando iam para o relvado onde as actividades para a criançada eram diversificadas e lhes ocupavam as primeiras horas a seguir ao jantar!...






Hoje, está tudo mais sofisticado. O Casino chama gente do "jet set" nacional e internacional. Os eventos que ocorrem são mais frequentes. A marina permite o aportar de veleiros e outros barcos que podem navegar com segurança naquele ambiente magnífico. A luz intensa da duna continua, o azul do mar encanta-nos bem como a vista para o rio e o mar que se espraiam sem que saibamos onde começam ou acabam um e outro. A vista para a Serra da Arrábida continua a mesma. A possibilidade de ver os golfinhos a saltar ao largo dos barcos é maior. As passadeiras poupam a duna e os painéis fotovoltaicos lembram-nos a riqueza que é o nosso Sol. Sem dúvida... Tróia continua a ser um espaço ideal para as famílias passarem um fim-de-semana ou um período mais alargado de férias.



  (Fotografias tiradas em Agosto de 2012)






segunda-feira, 13 de agosto de 2012

TRÓIA - IDA E VOLTA / SETÚBAL - PORTUGAL








Éramos jovens. Com o nosso pequeno grupo de amigos quantas vezes, de carro ou a pé, não atravessámos o Rio Sado para nos dirigirmos àquela península da qual se vislumbra na outra margem do estuário a bonita Serra da Arrábida que, segundo alguns pintores, tem a melhor luz para pintar da Europa. Mas o nosso objectivo era outro. Íamos para o complexo de piscinas enorme, bem estruturado e alegre no comboinho aberto que podíamos apanhar perto do cais.

Hoje, essas piscinas estão desactivadas e os barcos levam apenas passageiros para aquele local onde descíamos antigamente. Os "ferryboats" passaram a atracar mais longe. Porém, os barcos de passageiros são, hoje, muito confortáveis e a sua cor para mim não podia realçar mais no azul marinho. 




A aproximação da Península de Tróia é rápida. Evidencia-se o edifício do casino. Construções brancas impõem-se sobre o cais onde os veleiros aportam na marina.








Depois de um dia bem passado numa Tróia tão diferente da "nossa", era a hora de voltar. Sem dúvida de que Tróia está bem cuidada apesar mesmo da crise. Mas há uma coisa que  vai levar tempo a voltar __ os pinheiros, plátanos e eucaliptos frondosos que davam a frescura e o verde que hoje falta a Tróia. O "jardim dos passarinhos" onde levávamos os nossos filhos para darem pão à passarada que por lá andava também já está difícil de encontrar. Resta-nos esperar que as árvores que, entretanto, foram sendo plantadas voltem a encher o espaço e o ar com todo o seu esplendor.  






(Fotografias tiradas em Agosto de 2012)




domingo, 12 de agosto de 2012

"MADE IN PORTUGAL" - UM COMPLEXO QUE URGE MUDAR



(Trabalho do ceramista Ferreira da Silva das Caldas da Rainha) 


Há um tempo atrás descobri uma loja de "Outlet" de louça vendida a peso - "Outlet" __o que é isso? É a denominação para o novo mercado de vendas a retalho (varejo), no qual os produtores e industriais vendem seus produtos directamente ao público. São artigos de exportação em que a redução dos custos de propaganda, manutenção, e mesmo os lucros das redes "varejistas", possibilita a venda de marcas comerciais famosas, "grifes" de luxo, a preços mais acessíveis. Embora possam ser susceptíveis de apresentar pequenas falhas, em alguns casos, ou até poderem estar pontualmente em fim de colecção, são vendidos a preços bastante convidativos.


( Carcavelos - Cascais- Portugal)


Conversa puxa conversa...
 e chegámos a duas histórias muito parecidas.

Há bastantes anos atrás a oportunidade de ir a Inglaterra conduziu aquele português a um dos grandes armazéns que já então existiam na capital britânica. Era um dos melhores armazéns da época. Porque não aproveitar então para comprar um fato de bom corte? De facto assim foi. Só que quando mais tarde voltaram a etiqueta lá estava: "Made in Portugal".

Na outra história, era a vez de Paris. Armazéns La Fayette. Os anos tinham passado. O homem português era outro. Também ele queria um fato de bom corte. Também ele achava que Paris era uma das capitais da moda. Também ele, quando virou a etiqueta, viu: "Made in Portugal".

Muitas das fábricas vidreiras da Marinha Grande fecham as portas (Ouviu-se hoje no Telejornal). A crise estende-se ao calçado, aos têxteis e a tantos outros ramos da indústria em que os produtos têm sido melhor acolhidos e apreciados lá fora. Talvez hoje, e apesar da crise, esta tendência se comece a inverter. Será que se vai a tempo?

Aqui fica o registo: já que nem tudo vai para fora porque não aproveitar o que fica cá dentro, ainda que possa ter eventualmente alguma falha e seja vendido a peso. Eu fi-lo e gostei. O segredo está em saber escolher. Há louças para todos os gostos.


   
Como diz Luís Goucha:
 __" Em tempo de crise, toalhas a metro e louça a peso..."



(Carcavelos - Agosto de 2012)


terça-feira, 7 de agosto de 2012

OS MUSEUS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA - EX FACULDADE DE CIÊNCIAS E ESCOLA POLITÉCNICA DE LISBOA - PORTUGAL





(Fachada principal da Faculdade de Ciências, hoje transformada em Museus)


Eramos jovens. Deslocávamo-nos por aqueles corredores com um pé de altura enorme, subíamos e descíamos aquelas escadarias de pedra ainda vistosas apesar da passagem do tempo, para nos dirigirmos às salas, aos laboratórios ou anfiteatros em que íamos ter aulas. Sentíamos um certo orgulho por frequentar aquele edifício belo, imponente e cheio de história. Edifício que começou por ser, entre outras coisas, o Colégio dos Nobres e foi também a Escola Politécnica de Lisboa. Na nossa altura, era a Faculdade de Ciências de Lisboa. Os enormes anfiteatros tinham os soalhos de madeira que em alguns casos rangiam, as carteiras estavam já antiquadas, as portas acompanhavam o pé de altura das paredes...Os laboratórios e seu equipamento assemelhavam-se às fotografias dos que estavam representados nas fotografias do início do século XX nos nossos manuais de trabalho. Tudo nos lembrava que muita gente teria passado por aquelas salas e aqueles espaços que por aqueles anos seriam "nossos." 


 

Fotos de materiais parcialmente destruídos no incêndio de 1978


Até que, no início da madrugada do dia 18 de Março de 1978, deflagrou o incêndio que alterou bastante o nosso ritmo de aulas. Foi considerado um dos maiores incêndios que deflagraram na cidade de Lisboa. As perdas foram incomensuráveis. Uma das colecções mais completas a nível zoológico e botânico da Europa, no que respeitava particularmente às espécies africanas, perdeu-se para sempre. Porém, apesar dos danos materiais irreparáveis, o Batalhão de Sapadores dos Bombeiros e os Bombeiros Voluntários que estiveram no combate às chamas, conseguiram salvar totalmente o bloco dos principais laboratórios e do Observatório, bem como metade da ala Sul da Faculdade.  






Presentemente o edifício da Escola Politécnica acolhe importantes e raras instalações museológicas da Universidade de Lisboa, nomeadamente, o Museu de Ciência e o Museu de História Natural, com os seus Museus Mineralógico e Geológico, Zoológico e Antropológico __ Museu Bocage, o Laboratório e o Jardim Botânico. 

Agora que voltamos não como alunos e sim como visitantes, ficamos surpreendidos com as mudanças. E o edifício que outrora foi "nosso" mostra-se renovado e bem estruturado, assim como muitas das suas exposições que conseguem prender-nos a atenção!... Como é o caso do Museu Mineralógico e Geológico.











Para além da colecção de insectos que fui fazendo desde miúda ( da qual me tive que desfazer, pelo seu mau estado de conservação, há relativamente pouco tempo ), outra colecção me fascinou também. Colecção que ainda conservo de minerais e de amostras de rochas __ sim porque estas não se degradam... 

Para mim, os Museu Mineralógico e Geológico têm talvez as colecções mais bonitas e conseguidas deste complexo de Museus. Mas, como é bom de ver, sou suspeita quanto à garantia da minha imparcialidade!...



 ( Fotografias tiradas em Julho de 2012, informações retiradas da net )




quarta-feira, 1 de agosto de 2012

CURIOSIDADES NO JARDIM BOTÂNICO DE LISBOA - PORTUGAL







Um dos portões de entrada para o jardim encantado cheio de plantas trazidas de expedições a África, Brasil e Ásia no século XVIII. Uma atração imperdível é a estufa de borboletas, uma das únicas na Europa aberta ao público.



(Árvore Ginkgo biloba)


A Ginkgo biloba pode ser observada logo à nossa frente quando se entra por aquele portão. Faz anos, foi o primeiro "ponto de paragem", quando fazíamos a nossa primeira visita de estudo ao Jardim Botânico com o nosso professor de Botânica Geral I. Mais de duas décadas passaram e ela lá permanece igual e gigante tal como seriam as Ginkgo biloba de há milhões de anos. 

A Ginkgo biloba é um planta de origem chinesa,  é uma das árvores mais antigas de que se tem notícia, com registros fósseis datando de mais de 250 milhões de anos atrás. Charles Darwin referiu-se à Ginkgo biloba como "fóssil vivo" e ilustrações da época dos dinossauros frequentemente incluem árvores de Ginkgo biloba.  É considerada símbolo de paz e longevidade, por ter sobrevivido às explosões atómicas no Japão.

Por um tempo, foi considerada extinta, mas foi redescoberta no século XVII no Japão. Foram levadas sementes para a Europa e, mais tarde, para a América do Norte. Sendo hoje possível encontrar árvores da Ginkgo biloba no mundo inteiro.

Uma das características da Ginkgo biloba é sua extrema resistência a fatores ambientais adversos como poluição, pragas e até mesmo resistência à radioatividade. Por esse motivo, pode ser usada como decoração em áreas urbanas.



Pesquisas alimentam a esperança de que esta planta do Oriente previna (e ataque) tumores no ovário, na mama, no cérebro e no fígado. Pesquisas parecem mostrar que por acção do seu extrato as células malignas  se autodestroem.



(Ficus macrophylla - Figueira estranguladora - originária da Austrália)







Plantas de todos os tipos, oriundas de todas as partes do Mundo, regalam-nos a vista e permitem-nos viajar por todos os continentes deste Planeta com os mais diversos ecossistemas sem sair deste oásis que apesar de inserido no meio da cidade, permite-nos sentir a paz e o prazer de estarmos envolvidos por um mundo verde e bonito onde o que se ouve são as vozes das pessoas e o cantar dos pássaros.




(Dracaena cinnabari: a árvore sangue de dragão)

A Dracaena Cinnabari é uma árvore nativa do pequeno arquipélago de Socotra no Oceano Índico, próximo Nordeste Africano. Ela é conhecida como ‘árvore sangue do dragão’ em função da sua seiva vermelha. No passado, a seiva era muito procurada como medicamento e corante. A Dracaena cinnabari é uma das plantas mais marcantes de Socotra, ela tem uma aparência estranha, assemelhando-se a um guarda-chuva virado pelo vento. A espécie foi descrita formalmente por Isaac Bayley Balfour em 1882.



Segundo uma lenda árabe, um elefante e um dragão lutaram até a morte na ilha africana de Socotra, a sudeste do Iêmen, fazendo brotar lá uma árvore cuja seiva é vermelha como sangue. Mas a ciência sabe que foi a batalha pela sobrevivência que encheu o lugar de plantas exóticas como o sangue-de-dragão. Há 10 milhões de anos, Socotra não era uma ilha. Seus 3 600 quilômetros quadrados estavam colados na África e faziam parte da actual Somália. De lá para cá o nível do mar subiu e ela ficou isolada no Oceano Índico. Enquanto rinocerontes acabaram com a vegetação costeira em terra firme, a flora da ilha sobreviveu às mudanças ambientais. As espécies mais resistentes ao clima semi-árido, com ventos de até 43 quilômetros por hora, transformaram Socotra num dos maiores depósitos de espécies endêmicas – aquelas que só crescem em um lugar – de todo o mundo. São quase 300 plantas que só existem ali, segundo o relato dos botânicos escoceses Diccon Alexander e Anthony Miller, do Royal Botanic Garden de Edinburgo, publicado na revista inglesa New Scientist.






As particularidades e curiosidades de muitas das plantas que se encontram no Jardim Botânico de Lisboa são imensas. Mais uma vez me refiro a uma das plantas que mais me impressionou logo da primeira vez que visitei o Jardim como aluna da Faculdade que ainda ali funcionava na altura. É uma árvore alta cujo trono parece estar "grávido". Faz a acumulação de água como forma de sobrevivência e apresenta numerosos picos por todo o tronco talvez como forma de protecção em relação a pequenos animais. 



(Fotografias tiradas em Julho de 2012, informações retiradas da NET)