quinta-feira, 29 de outubro de 2009

SEGREDOS PARA UMA VIDA MELHOR...

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(NET)


"O segredo da saúde, mental e corporal, está em não se lamentar o passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sábia e seriamente o presente." - Buda
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(NET)
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"Ri alegremente, e o mundo rirá contigo; chora e chorarás sozinho. Esta velha e boa Terra precisa pedir emprestada qualquer alegria, porquanto já tem aborrecimentos de sobra."


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Era mesmo isto que precisava ouvir...


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terça-feira, 27 de outubro de 2009

"SONHOS DE CRISTAL" - PORMENORES E LEITURA DE UM QUADRO

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SONHOS DE CRISTAL, de vida, de esperança, de luta...

SONHOS... frágeis como bola de cristal. Quando algum nasce, vem transparente, difuso, brilhante e confuso... Qual lagarta em metamorfose, talvez se transforme em bonita borboleta voando alto, anunciando uma Primavera da realização.

O p
rego é o seguro. Firme rectaguarda. Faz-nos lembrar:

__" Não voes demasiado alto!... Mas, voa. Voa até onde conseguires chegar!"
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("Sonhos de Cristal" - Malay - Outubro, 2009)



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"Tell me Why" - DÚVIDAS QUE AS CRIANÇAS SE PÕEM

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A LINGUAGEM DO MUNDO, DEVIA SER A DO SONHO E A DO RISO...
E, ENTÃO, PORQUE NÃO É?!...
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(NET)
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PASSE DE MÁGICA

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(NET)



Costumo dizer que, tenho uma espada sobre a cabeça, com a qual aprendi a viver.

Hoje, parece que há outra que, também, se quer suspender sobre mim.

Mas, hoje, estou feliz. Tenho um pensamento claro, tranquilo e apaixonado.

Deixo-me embalar na música, no momento, na palavra e nos que quero.

Tenho o futuro adiado. Devagarinho... saboreando cada gota que a vida vai largando.

Qual mágico em passe de magia... quem sabe, se uma das espadas não se desfaz?!...


E, então, posso dizer: __Continuo a ser feliz.
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A VIDA MUDOU, BOB, MEU COMPANHEIRO...

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A VIDA MUDOU, COMPANHEIRO...
Já não me apresso para vencer a corrida contra a campainha.
A campainha da entrada...
A campainha de saída...

A VIDA MUDOU...

Já não circulo entre carteiras
onde se sentam os meus alunos mais, ou menos, interessados
pelos assuntos tratados.

A VIDA MUDOU...
Já não circulo na sala
onde se projectam acetatos,
se passam vídeos,
se escreve no quadro,
se discute,
se conversa ou dita.

Já não preparo os materiais
que tanto gozo me deram:
Cartolinas, fichas ou acetatos.

A VIDA MUDOU...
O meu assunto, agora, é outro.
Papéis.
Muitos papéis.

__” Vamos trabalhar!..”
E, eis que, salta, o meu afadigado companheiro de trabalho...
A cauda, abana.
Corre para a porta da sala.
Espera que eu entre e me sente no lugar.
Deita-se ao lado,
atrás da cadeira,
debaixo da mesa.
Instalamo-nos os dois.

A VIDA MUDOU, COMPANHEIRO...
Já não corro ao toque da campainha...
Já não circulo entre as carteiras...
Já não faço as minhas cartolinas, acetatos e fichas...

A VIDA MUDOU...
Faço um trabalho de equipa.

Mas, os outros, não estão cá.
Agora, somos só nós os dois, a Tina Turner, Enya, Celine Dion...
__” Vamos trabalhar!”...
Mas há tarefas para cumprir,
Prazos a respeitar...
A campainha já não toca,
Não há salas ou aulas a preparar.
O trabalho está sempre pronto a continuar.

A VIDA MUDOU...
E, as voltas que a vida dá!...


Agora, é dizer:
__” Vamos trabalhar!...”
E, é quanto basta para começar.


Permanece deitado a meu lado.
A sala, agora, é só uma;
A secretária, só uma;
A tarefa, só uma;
E, um só companheiro...


Não conhece os diferentes tipos de vulcanismo,
E formas de depredação...
Não se preocupa com o teste de Matemática,
ou Geografia...
ou se está quase na hora de almoço...
ou, fez os TPCs...

Mas, está tranquilo e atento a qualquer movimento,
Chamamento,
Ou, manifestação de afecto.


Só há uma lição que sabe de cor:
__” Sou teu amigo.
E, estou, aqui, contigo, p'ra te fazer companhia.”

__” Vamos trabalhar!...”
Acaba por ser um tempo tranquilo, de trabalho e partilha.
Pois não há trabalho que custe,
Quando a monotonia dos papéis é compensada
Pela alegria duma fiel companhia.
Ainda que, o trabalho do meu companheiro, não seja mais do que o de abanar a cauda, quando me dirijo a ele.

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domingo, 25 de outubro de 2009

QUANDO O MEU DONO SAI

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Duas, três horas...
Hora de almoço.
Chega atrasado e esfomeado.
Come apressado.

Os talheres poisados.
O cheirinho a café...
O guardanapo abandonado na mesa.
Um último golo...
A cadeira, arrasta.

O eco no lajeado da sala.
A cauda abana.
A excitação começa.
O saco do pão para o lanche...
A lavagem dos dentes...

__”Até logo, querida!”
Corrida até à porta...
Anda p’rá frente e p’ra trás.
Faz barreira entre os dois.
O beijo junto à porta que se abre.

A corrida ao portão...
Tudo, agora, esqueceu.
O dono que sai.
A dona que dele se aproximou demais.

Agora, só uma coisa importa.
O fundo da rua,
Para lá ir alçar a pata e fazer xixi...

Olha o dono, uma última vez.
Responde ao chamamento.
Entra em casa.
E, espera o retornar da noite,
Quando o dono voltar.
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sábado, 24 de outubro de 2009

O MUNDO DOS SONHOS

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Sábado. Avenida da Liberdade. Teatro Tivoli. A tarde está soalheira e fresca, depois duma manhã pouco risonha.
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Pequenos grupos de crianças acompanhadas por adultos dirigem-se de forma alegre e determinada para aquele edifício bonito da larga e airosa avenida lisboeta.




Saltitando, interpelam-se umas às outras e aos adultos que vão com elas, curiosas com aquilo que vão ver. Alguns daqueles pequenos grupos seguem nos passeios centrais da Avenida arborizada, ladeando os canteiros cuidados.
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“Fadinhas... E, elas existem? Como são?...”; “Um sonho?... O que é um sonho?...”; “Eu ontém sonhei...” Sim... Porque, num espectáculo que se preze, vive-se o antes, o durante e o depois.





A sala de espectáculos é muito simples, talvez mesmo desprovida de encantos. Mas, o edifício e os espaços envolventes são charmosos, com alguns recantos “aristocráticos”...
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O espaço fervilha de pequenos espectadores excitados logo à entrada pelo enorme sapo que lhes aperta a mão, afaga a cabeça ou, ainda, é olhado com alguma desconfiança...
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Mais uma vez a nossa menina sobe aos palcos.
Desta vez, numa peça para crianças.
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“Violeta”, chama-se este teu novo sonho. Podia ser girassol, margarida, malmequer... ou qualquer uma de tantas outras flores de que tanto gostas. Devagarinho, os teus sonhos vão desfilando e tornando-se realidade. Uma realidade de escrita, de canto e representação. Uma realidade de juventude, expressividade, amizade e ternura. Uma realidade que se junta à de outros que, contigo, vivem a alegria, a entrega e a dádiva do momento.




“O MUNDO DOS SONHOS”. Continuem a sonhar e a fazer vibrar os pequenitos que, convosco, trauteiam as músicas da vossa peça e batem as palmas com as mãozitas pequenas, enquanto os rostos se abrem num sorriso encantado.




“O MUNDO DOS SONHOS”. É uma peça engraçada. Foca problemas actuais tal como os maus tratos infligidos pelo Homem ao meio ambiente, por todo esse mundo fora. Fá-lo, duma forma divertida e simples, num ambiente de muita cor, movimento e alegria. Os cenários e guarda-roupa são bonitos, imaginativos e com elevado grau de qualidade.
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As músicas correspondem às expectativas de toda aquela pequenada que para lá se dirigiu em busca de um sonho de fantasia, com fadinhas que, afinal, até existem. Sim, elas estavam lá!... E eram das cores do arco íris... Pois é. Sempre conseguiram... Reforçaram a crença dos pequenos espectadores de que, afinal, os sonhos existem. Nem que, esse sonho, seja o de podermos ajudar a melhorar o nosso mundo, pela forma como actuamos no nosso dia a dia.





sexta-feira, 23 de outubro de 2009

SER POETA (FLORBELA ESPANCA)

(NET)

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens!
Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!


FLORBELA ESPANCA
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AS MÃOS QUE NÃO ME DEIXARAM MORRER...

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(NET)
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Diz-me a enfermeira: __”Parece que vai para uma festa!”. De facto, era esse o espírito. Sentia-me segura. Tinha feito a preparação para o parto. Finalmente, tinha chegado a hora. A despedida do V. foi efusiva. Mas... não podia levar nada... Nem a aliança?!... E, os óculos?!...

Entrei à meia noite. Passado um tempo que me pareceu uma eternidade, perguntaram-me se queria fazer a epidural. Disse que sim. Mas não pegou. Pode acontecer...

Às seis da tarde dava entrada no bloco de partos. Estava previsto um parto normal, mas o bebé estava em sofrimento, havia que o tirar o mais rapidamente possível. O perímetro cefálico do bebé estava acima da curva máxima. Seria tirado a ferros.

Algo correu mal. Toda a gente se movimentava. Seria que já não havia nada a fazer? Foram pedidos 10 litros de crioprecipitado (concentrado de plaquetas sanguíneas). (Nós temos de 8 a 9 litros de sangue em circulação no corpo!...) Foi necessário contactar outros hospitais, não havia o suficiente em stoque.

Sinto-me “levantar”, começar a “subir”. Ouço-me dizer: __”Agarrem-me!... Não me deixem fugir!” . Respondeu-me uma voz meiga e suave: __”Nós não deixamos!”. Tive a nítida sensação de que se quisesse era só deixar-me ir. Mas, eu queria aquele bebé, estava de bem com a vida. Queria ficar. E aqueles dois pares de mãos “agarraram-me”.

Só conheci um dos pares de mãos. Eram os da enfermeira que segurou as minhas mãos durante o parto. Foi ela que me respondeu:__”Sim, é muito lindo”, quando eu disse, no meio de toda aquela confusão: __”O meu bebé é tão lindo!”. Adorei conhecê-la, quando, mais tarde, me veio visitar ao quarto.

O outro par de mãos não cheguei a conhecer. Só sei que eram as mãos de uma médica, que, suavemente, ia movimentando os dedos sobre a minha cabeça, enquanto me sussurrava palavras meigas.

Mas há uma certeza com que fiquei de tudo por que passei... Se quisermos ajudar alguém a não “partir”, ou a sentir-se melhor dentro do sofrimento, basta uma presença amiga, tranquila, meiga, ou então um par de mãos que nos dizem:__”Estamos aqui...”

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domingo, 18 de outubro de 2009

SINTRA - PRINCESINHA DA SERRA - PORTUGAL

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Sintra. Princesinha da serra. Ao tempo que a não via... Continua linda. Não tem o Sol da sua vizinha Cascais, mas mantem o seu colar de pedras e verde que a torna tão especial...

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Os inúmeros turistas visitam-na, para viver um conto de palácios, castelos e reis... Mas ainda muito há a fazer por ela. 
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

ACONTECEU EM LISBOA - A PARAGEM DO 409

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(NET)


Sentado na paragem do autocarro lia o “Destak” tranquilamente. A certa altura, uma senhora bem parecida abordou-o perguntando-lhe se o 409 já tinha passado. Pretendia ir para a Estrela, para o Hospital Militar; ia fazer umas análises; “mas a consulta só a marcava na semana seguinte, porque, assim, sempre tinha um pretexto para voltar a sair de casa...”.

__” Minha senhora, faz bem em arranjar motivos para sair de casa e, ir marcar a consulta também pode ser um deles; mas saia mais; obrigue-se a sair todos os dias; vá a um café, mesmo sozinha; vá tomar um chá com as amigas...”


__” Sabe, o meu marido era militar e, deixei de ter amigas, enquanto fui casada. Hoje, não tenho ninguém. Assim, a consulta, sempre é um motivo...”

Como se pode estar tão só, no meio de uma multidão que circula em torno de nós. Como precisamos, às vezes, tão desesperadamente de atenção, objectivos e companhia. Nem que seja numa consulta adiada no Hospital Militar..
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(NET)


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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

FIM DO DIA

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(NET)
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É tão bom quando o anoitecer pode ser o culminar de um dia em que ideias, sentimentos, alegrias, cumplicidades repartidas, doidas, amigas e sentidas se misturam numa amalgama de tanta coisa boa ou, até, mesmo, má, daquilo que se passou e se passa ao longo da vida e que, nos faz lembrar que, a vida, é isso mesmo __ altos e baixos.
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É tão bom quando se é tão “doido” ou tão “certinho”, amigo de longa data ou não... Quando queremos o que queremos, mesmo que não saibamos para onde vamos. Quando acreditamos em que, deste caldeirão de amizades, há as que irão perdurar até ao fim. E, nessa altura, não iremos chorar, iremos apenas recordar com saudade e prazer, os momentos tão bons que passámos e soubemos agarrar, cada qual à sua maneira... Mas com a certeza de que a vida é para ser vivida, sorvida, saboreada, partilhada, ainda que por momentos apenas... Mesmo que momentos maus nos possam bater à porta.
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HOJE, valeu a pena?!... Hoje, foi um dia de glória para todos os que acreditam em sonhos e na força de viver, nem que isso obrigue a ultrapassar cercas, oceanos e a gritar: “__ Tenho o direito a ser eu!... Vou ser eu. O que quer que eu seja...”
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Pela parte que me toca... devo agradecer a tantos “eus”, que me têm ajudado a ser o “eu” que, para o bem ou para o mal, hoje sou. Amanhã, logo se vê!....

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(NET)
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sábado, 10 de outubro de 2009

"IL SILENZIO" - HÁ QUANTO TEMPO NÃO OUVIA ISTO!... - LUANDA / ANGOLA / ÁFRICA

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(NET - Imbondeiro, ao pôr do Sol)
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Tinha trabalhos para fazer, ou o teste de Inglês, ou de Francês, ou Matemática, ou...

Era fim de tarde. Em África, anoitece cedo. A hora da brincadeira na rua depois da escola já tinha acabado. Agora, era a vez dos livros: “I am, You are, He is...”; “ ... o quadrado da hipotenusa...”; “se dois combóios...”. Sim, agora, era a hora do estudo.

Estava sentada na cadeira. Livros, cadernos, a caneta de tinta permanente e os lápis, prontos para trabalhar. Mais cedo ou mais tarde, sabia que se começariam a ouvir os primeiros acordes... Por aquela hora, o som do trompete tornar-se-ia nítido e invadiria o espaço do meu quarto. Entretanto, os “BIP-BIP”; os “Hallo!... Hallo! Aqui fala...”; os ruídos, por vezes, estridentes e intermitentes, do aparelho de rádio do nosso vizinho radioamador, já se tinham deixado de fazer sentir. Agora, era a vez do trompete. Era a vez de viajar naquela música suave, serena e sonhadora que em tudo tinha a ver com os meus catorze, quinze anos. Viajar nas notas... Ouvir pela décima milionésima vez, aquela música que me chegava com clareza e se escapava da janela dos nossos vizinhos que ficava em frente da minha que se mantinha de persiana aberta por causa do calor. Aquelas notas tranquilas inundavam todo o ambiente. Talvez fossem um bom presságio para o próximo teste...

Ouvir e ver tocar agora esta música, que entra no fundo da alma, fez-me voltar à lembrança o tempo em que aprendia: “I am; You are; He is...”; e, aos problemas: “Que tempo leva um combóio, ..., se a velocidade...”.

Esta música, fez-me viajar no tempo, mudar de continente, e pensar: “Ao tempo que não ouvia isto!...”. E, neste caso, sei bem qual é a resolução do problema: Fracções de segundo, é o tempo suficiente, para viajar na nossa memória.
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(Vídeo que me enviaram por E-mail)
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

PINTANDO - GRÃO A GRÃO...

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O que era possível, há seis anos atrás, quando pintava sozinha e tinha por instrutores um livro, o gosto e a vontade de pintar.


2003/2009

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Seis anos se passaram, com a nossa mestra. Devagarinho, grão a grão, as espigas vão amadurecendo suavemente e sem percalços, quando a aragem é branda; ou, aos solavancos e alteradas quando a borrasca da indecisão, falta de confiança, de conhecimento e de arte se faz sentir com toda a sua força.
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Mas, é sempre um desafio __ umas vezes vencido; outras adiado; outras, ainda, nunca conseguido, ainda que tenhamos quem aposte em nós com as mãos sempre prontas a semear e a retocar.

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2009 - Em partilha

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O que se adquire?

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Maior facilidade em esbater...manusear o pincel...
Maior facilidade em conseguir o efeito de volume e reflexo de luz...
As sombras...
A subtileza das cores...
A aplicação das tintas...
As velaturas...
Os truques que resultam em efeitos, por vezes, surpreendentes...
As técnicas velhas, antigas de séculos, e as que inovam, se inventam e reinventam...
O pequenino toque, o ponto, o traço interrompido e a mancha que insinuam luz, quebra, rebordo ou afastamento...
“Entre dois escuros, sempre um claro”...
O “pincel maravilha”...
As “tintas profissionais”...
A “pintura em 1ª, 2ª e 3ª linha”. Sim... porque, para palpites, estamos cá nós. Ainda que não percebamos nada. Mas há uma coisa a que se chama a sensibilidade em cada um à sua maneira... e... a vontade de aprender __ diria mais o gosto de namorar a tela.

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2003

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Pode ser que, para mim, daqui a mais seis anos, ou doze, ou... possa colher os grãos maduros duma aprendizagem desejada e bem acompanhada por aquele “toquinho” de quem nos vai lavrando o campo.
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É assim que, as nossas espigas, vão amadurecendo para cada um de nós ao seu próprio ritmo __ esperemos que para dar boas colheitas... E serão sempre boas, mesmo que os grãos sejam pequeninos, porque são também nossos e ajudados por um bom agricultor.

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

PINTALGANDO AS ESPIGAS MADURAS

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Tal como as espigas, o trigo e as cearas, a pintura vai amadurecendo.


Vai-se pintalgando, matizando. Como a vida, o tempo vai deixando as suas marcas. Segredos guardados em púcaro velho... Belo de velho. Recordações escondidas que se fazem lembrar pela fita vermelha. Fita vermelha também ela suspensa. Suspensa no tempo e na segurança do prego que firma a saudade e o desejo de vida do momento presente.


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Pintura partilhada, acompanhada pelo Sol da alegria, pela água da sabedoria, compreensão e paciência. Tal como o trigo cresce com o vento que lhe afaga os grãos... tal como a ceara ondula com o soprar da aragem... a pintura cresce, amadurece e encorpa com a mão de quem nos guia, nesta aventura partilhada __ por uma, duas, três mãos e a opinião de quem mais navega nestas águas...
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Pintura partilhada em amena cavaqueira, tem mais alma, mais história e mais segredos para contar. E, a fita encarnada, fica lá para nos lembrar.




segunda-feira, 5 de outubro de 2009

BAÍA DE CASCAIS EM PORTUGAL

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(Montagem a partir da NET)
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Meados do século XIX,
Cascais transforma-se na rainha das praias portuguesas.






Chove lá fora. O dia está triste. O Verão despede-se. O Sol fulgurante, brilhante e quente quer deixar-nos. Fica a vontade de passear. De passear na nossa terra para ver as coisas lindas que ela tem para nos dar.
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Cascais. Terra que foi vila piscatória, estância de veraneio... É, hoje, uma vila bonita em constante fervilhar, que guarda os seus tesouros em recantos de encantar. Por aqui e dali se pode espreitar o mar.













Se gosto de Cascais?
Sim. Sempre pronta a lá voltar.
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sábado, 3 de outubro de 2009

AI, HOMENS, HOMENS!...

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São pequenitas, quase mesmo “minimalistas”, apesar dos arranjos de plantas ou quadros que as possam tornar mais acolhedoras. Poucas divisões deve haver tão pouco complexas. Mas, têm uma particularidade, um pequeno dispositivo agarrado à parede que foi criado com o intuito de servir de suporte a uma simples toalha de mãos que tem, como o máximo da sua ambição, permanecer dobrada em duas, mais ou menos esticada e mais ou menos centrada no toalheiro.

Mas, na casa-de-banho da nossa história, ela não consegue cumprir a sua vocação e satisfazer os seus desejos, por causa do y. Porquê?... Porque, sempre que ele entra em casa e, ou, se dirige para a sala de jantar, passando por ela, põe por terra todas as veleidades de realização daquele pedaço de tecido. A pobre e desgraçada da toalha, depois de usada, é deixada ao abandono, sobre o tal suporte, completamente amarfanhada, torcida e descentrada.

Pois é... Já não se pode ser toalha, em casa onde haja homens. Bem que tinha razão. O culpado deve ser o cromossoma y. E, as toalhas, que se consolem, porque também há as portas e as gavetas dos armários deixadas abertas, e os jornais espalhados pelo chão, e os envelopes das cartas lidas, e...

Mas, há sempre quem acabe por se render. Se não, veja-se...

Que forma mais imediata e convincente de se constatar que um dos y já chegou?!... Sim, porque para isso, basta ver a toalha em equilíbrio instável encarrapitada no toalheiro...

Que forma mais activa de começar a arrumar o quarto, ou a cozinha, ou a sala, do que a fechar portas e gavetas dos armários?... E que dizer de apanhar os chinelos espalhados ou os envelopes a espreitar debaixo do sofá?!...


Bem vistas as coisas, para que queremos toalhas aprumadas, gavetas fechadas e chinelos alinhados? Afinal, não é uma forma de sentirmos que a casa mexe e de que, os nossos dois cromossomas x, sempre valem para alguma coisa?...

Ai de nós que as toalhas não se queixem!... Até porque nos dão a oportunidade de resmungar e descarregar as energias negativas... E continuar a mostrar a força e a perseverança do nosso duplo cromossoma x.
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Será um facto cientificamente comprovado? É que isto se passa com os homens mais cuidadosos e até mesmo organizados!...
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

LIÇÃO DE YOGA. À DESCOBERTA DE NÓS...

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(NET)
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A luz suave do pequeno candeeiro ilumina a sala ampla onde se alinham os tapetes, as pequenas almofadas laranja, as mantas...

A voz que nos acompanha é tranquila, pausada e bem marcada.

O relógio de parede só se faz ouvir nos momentos de pausa.

Vez por outra, uns passos na escada... uma porta que fecha...

Nada mais existe para além de nós que nos dobramos, esticamos, contorcemos, seguindo a voz de comando preciso que nos vai ajudando a conhecer o nosso próprio corpo. Voz que nos faz ver de olhos fechados. Voz que conhece o nosso corpo por fora e por dentro; cada parte que é nossa mas que nós afinal desconhecemos... Voz sempre atenta a todos os movimentos... Voz sempre pronta a corrigi-los __ “sem esforço”, “tranquilamente”...

Nada mais existe para além da descoberta de um corpo que, por acaso, é o nosso. Nada mais existe para além da tentativa de aprendizagem de controlo do corpo com a coordenação, concentração e comando da nossa mente.

O esforço para ultrapassar barreiras, para ultrapassar limites, é constante. Esses limites, vão sendo vencidos lentamente. Muito lentamente... Por vezes, a falha é motivo de riso compreensivo. Mas atrapalhado do nosso lado... Sim, porque isto de pôr as mãos onde deviam estar os pés, a cabeça onde deviam estar os joelhos e... Não é assim tão fácil quanto possa parecer.

O suor escorre. Todo o corpo é mexido. Os músculos, as articulações, os órgãos internos... A posição não está correcta. E eis que sentimos um par de mãos que nos corrige com firmeza mas suavemente e, até mesmo, com doçura.

A T-shirt está empapada... Um dedo acompanha a coluna, umas mãos ajustam a posição dos ombros, das pernas, das costas... A nossa auto-confiança é reforçada. Para a próxima será melhor!...

Finalmente, é o relaxamento, recompensa para tanto esforço, torção e alongamento. Ficamos deitadas no tapete, palmas das mãos viradas para os céus, prontas a receber a energia. O corpo completamente relaxado. Os olhos continuam fechados.

A respiração controlada... Viajamos mentalmente pelo nosso próprio corpo sentindo-o... deixando que cada parte vá marcando presença... Procurando sintonizar a mente e o corpo. Fazendo o exercício fantástico que é tentar dominar os nossos pensamentos, a nossa mente, não a deixar fugir quando e para onde ela quer. Prendê-la em harmonia com o corpo... Com a respiração. A respiração... sempre a respiração.

A paz é profunda. O corpo mexido e remexido, está, agora, num torpor total, em equilíbrio e tranquilidade. “TIC-TAC”, “TIC-TAC”, é o relógio de parede... A respiração , a meditação... “Shanti” – “Que todo o mundo alcance a paz e a felicidade”... “Shanti” _ a paz interior.

E, foi mais uma aula de yoga, que, com o tempo, se estenderá para além daquela sala ampla e iluminada pela luz suave do pequeno candeeiro... Ainda, tenho um longo, muito longo, caminho a percorrer. Mas, ainda assim, penso que valerá a pena continuar.

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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

NÃO BASTA APAGAR O FOGO!...

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(Imagem que me foi enviada por E-mail)
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Quanta cumplicidade, num ambiente de tão grande desolação provocada por aquele pavoroso incêndio que ocorreu na Austrália!...
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Que reciprocidade de sentimentos!... É bem a prova de que, os animais, são seres que podem corresponder a sentimantos de carinho, atenção e proximidade do Homem ainda, mesmo, que vivam em estado selvagem.
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