sexta-feira, 25 de junho de 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

PARA SER GRANDE - Poema de Fernado Pessoa

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(Imagens da NET)



Para ser grande, sê inteiro: nada

Teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa.

Põe quanto és

No mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda

Brilha, porque alta vive.





Fernando Pessoa


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quinta-feira, 17 de junho de 2010

MÃES E PAIS SUPER-OCUPADOS - QUANDO ELES NOS FAZEM ESPERAR

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(Imagem retirada da NET).
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Quando estamos naquela fase da vida em que temos a vida tão ocupada que não nos deixa ler livros como tanto gostamos. Quando temos que os levar à natação (única actividade obrigatória e para a qual não há ”escolha” ), ao ténis ou às explicações, etc, etc. Temos quatro opções:

Ou saímos do carro e vamos dar uma volta, o que faz bem ao corpo e à mente;
Saímos do carro e vamos espreitá-los;
Ficamos no carro e deixamo-nos ficar a ouvir música;
Se não houver luz suficiente, mesmo com o risco de ficar sem bateria, lemos no fraquinho da luz do carro.

Mas ainda há uma outra alternativa, ficarmos no carro e viajarmos dentro de nós.

Quando assim é, podemos dizer: __” Obrigada, meu filho, por me teres feito esperar por ti!”
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terça-feira, 15 de junho de 2010

EXPOSIÇÃO __ "AZUL" (17/06 a 01/07)

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A exposição colectiva sob a orientação de Anabela Faia - “AZUL” - inaugura dia 17 de Junho, pelas 17h00, na Biblioteca Operária Oeirense e estará patente até dia 01 de Julho, de 2ª a 6ª feira das 15h00 às 19h00 e aos Sábados, das 09h00 às 13h00.
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domingo, 13 de junho de 2010

DETALHES DE "ENCRUZILHADA""

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"ENCRUZILHDA" - MALAY*/2010.
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ARTE A PAR DO COMÉRCIO TRADICIONAL - EM CASCAIS

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Pintura, escultura, instalações encaixadas nas vitrines das mais diversas lojas na Baixa de Cascais... Uma forma de nos debruçarmos um pouco mais atentamente e ver esta arte que não é de rua, é de vitrina que reflecte os nossos corpos atentos e a calçada sempre por junto...
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Cascais 2010




segunda-feira, 7 de junho de 2010

COICES, MOSCAS E MOSCARDOS...

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(Imagem retirada da NET)

Era Sábado. Dia das aulas de equitação. Calçados os pés, cabelo ao ar, dirigíamo-nos apressados para as instalações que se encontravam paredes meias com um dos bairros da lata..

Eram instalações bastante toscas, as paredes feitas de tábuas. Do teto já não lembro mais. Eram um espaço onde se alinhavam as baias onde estavam resguardados os cavalos. Cavalos bem cuidados pelos seus tratadores que eram os nossos instrutores.

O volteio fazia-se frente ao estábulo no terreiro vermelho de terra batida. Aí sentíamo-nos seguros, donos e senhores do “nosso” cavalo, qual Alexandre Magno nas incursões, invadindo território inimigo.

O pior era quando íamos à rédea livre __ passo, trote ou, então, ao galope possível... Aí o tombo seria maior. Era demasiado miúda para pensar por entre as passagens estreitas a que se chamavam as ruelas daquele bairro da lata.

Fazia sempre a escolha da “minha” égua preferida. Depois das nossas cavalgadas, depois de termos ajudado a escovar os cavalos, de lhes termos dado como recompensa os pedaços de cenoura e o bocado de açúcar, palmas abertas lambuzadas pelas línguas dos nossos companheiros, levávamo-los até às respectivas baias. O espaço era demasiado pequeno em relação à parede. Eu estava de costas para a baia da minha égua preferida. Sinto na coxa uma dor forte. Era uma mosca que a fez dar o coice. Aconteceu, porque por ali havia moscas... Mas... era a minha égua preferida a “minha” Graciosa!... Ainda hoje lembro a desilusão que senti na altura.

Se os cascos do nosso animal preferido deixam tanto “dano”, ainda mesmo que sem querer. Imagine-se do que diremos de quem um dia levou um coice, até mesmo de quem preferimos, da vida, de nós próprios, das nossas expectativas... Às vezes, quem sabe, provocado por uma insignificante mosca...

Costuma-se dizer : __” Deixa estar, o tempo tudo cura:” Talvez sim, talvez não. Mas, o tempo não varreu o vermelho do chão, a sensação áspera e húmida da língua que nos lambia a mão; a sensação da liberdade a passo, a trote e, até mesmo no galope possível.

Só que o tempo também não deixou esquecer que o estar de cima do cavalo calçado ou estar descalço no chão, não eram bem a mesma coisa, dentro daquele bairro da lata.

Por esses lados, talvez nem um batalhão de moscas ou moscardos peçonhentos, lhes possa valer. Ou será que a voz da es-pe-ran-ça , pode vir a ser útil?!...

Sim, porque as “chatas” das moscas também podem ser úteis.



Foto 2010

Patas de cavalo. Estas são verdes.
Será que os bairros da lata vão mesmo deixar de existir?.
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