domingo, 31 de janeiro de 2010

RABISCANDO - UMA FORMA DE COMUNICAR

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Tenho o gosto de ir rabiscando. Muitas vezes escrevo quando me lembro de algo. E isto leva a situações, por vezes, caricatas.

Por exemplo, estou a escolher as hortaliças no supermercado, e lembro-me de que... Tenho que escrever já, se não esqueço... E, rapidamente, procuro algo em que escrever dentro da carteira. Carteira onde a última coisa a encontrar é exactamente aquela que quero... Lá encontro um talãozinho que ficou esquecido numa anterior ida ao supermercado. Tem que servir... A “mesa de apoio” enquanto escrevo, é o dispositivo onde se coloca a moedinha no carrinho das compras.

Porque esta “urgência” toda? Porque, senão, a forma de exprimir as ideias varre-se. Umas dizem respeito a situações que estão guardadas há muito tempo na memória, outras são resultantes daquilo que vai surgindo no dia a dia. E é giro agarrá-las quando surgem.

Este rabiscar pode permitir uma partilha e troca de experiências e de sentimentos. Ajuda-nos a sentir mais completos e a pensar que, na generalidade, as coisas, as situações, as afectividades, valeram a pena. E, mais que tudo, podem continuar a valer.

Enquanto “estiver de maré”, irei rabiscando o que for saindo. Quando se esgotarem os temas a abordar, então, aí há sempre a hipótese de passar a palavra daquilo que nos foi deixado por outros e que, por isso, passa a ser também um pouquinho nosso.
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(Imagem retirada da NET)



quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

COMO DESCOBRI ESSE FANTÁSTICO COMUNICADOR, DALE CARNEGIE

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1974. Faziam-se as malas e os caixotes. Íamos de vez para a Metrópole. Por acaso, dei com dois pequenos livros que eram para deitar fora. Não sei porque razão, guardei-os. De um deles não me lembro já, nem sei que destino teve. O outro ficou guardado no meio dos meus livros, sem que nunca me tivesse dado ao cuidado de me debruçar sobre o seu conteúdo.

Mais uma vez tinha perdido os meus amigos; não estava nem no Liceu nem na Faculdade, aguardava que me chamassem para o Serviço Cívico que, na altura, não se sabia bem o que seria... Não estava “disponível” para criar novos laços afectivos. Tinha medo de tornar a sofrer com a perda de novos amigos.

Era a minha primeira “crise existencial”, já que a adolescência tinha passado despercebida de tão fácil e sem atropelos. Encontrei o livrinho de Dale Carnegie. O tal livrinho. que foi de muita ajuda em muitos momentos.

A partir dali, várias crises se foram sucedendo: a escolha do curso errado; um ensino, a meu ver, de mentira em salas e anfiteatros superlotados e mal equipados para o número de alunos... A falta de amigos que eu temia fazer!...

Um dia, vinha da Faculdade, quando passei por uma livraria. Era ele!... Era o Dale Carnegie!... Era o livro que eu tinha trazido... Só que na versão completa. O que eu tinha era apenas um pequeno excerto. O título era o mesmo: “Como evitar preocupações e começar a viver”

Desde aí, esta versão completa tem sido um amigo silencioso mas sempre presente. É um dos meus livros de cabeceira. Milhares, se não “milhões” de vezes, tem sido aberto e me tem transmitido as palavras de que às vezes preciso.

Gostaria de o ir partilhando convosco. De transcrever alguns dos pensamentos e experiências de vida que este espantoso comunicador nos traz através do seu livro.

Dale Carnegie

(Imagem retirada da NET)


É o caso de um dos conselhos que considero mais importantes e que a idade nos vai ajudando a adoptar:

“Não imitemos os outros. Procuremos encontrar-nos a nós próprios e manter, sempre, a nossa maneira de ser.”

"Todos nós somos diferentes. Cada um de nós é algo de novo, neste universo. Desde o começo do mundo, nunca houve ninguém exactamente igual a si e jamais haverá."



(Dale Carnegie)

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

ARCO-ÍRIS E A PROCURA DE UM TESOURO

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(...) Procurando um arco-íris
com um nome(...)
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(Katie Melua)



Quantos de nós o têm procurado em vão; quantos de nós não o encontrámos já; quantos de nós não o deixámos passar ao lado; quantos de nós não o encontrámos, mas vivemos numa esperança adiada de que isso venha a acontecer.

Olhemos o nosso céu com atenção e também o pote daquele tesouro que é a amizade poderá estar lá ao fim do arco colorido, transbordante de cor e de magia.
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(Fotografias retiradas da NET)





segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

AMIZADE, QUEM ÉS TU?!... O QUE NÓS DISSEMOS...

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(Imagem adaptada da NET)


Quando, no outro dia, falávamos sobre a amizade, dissemos que, quando existe de verdade, não há “tempo” nem “onde”. Mesmo quando é interrompida, ela continua do ponto em que ficou.

Mas, tal como uma semente que cresce, precisa de ser alimentada. E, quanto mais podemos acompanhar o seu crescer, mais beleza, encantos e cumplicidades podemos descobrir e viver...

A amizade deveria ser uma energia que pudesse fluir através de nós e se prolongasse no tempo e no espaço, facilitando o encontro das nossas próprias energias e o seu reforçar __ viabilizando a realização de projectos.

Houve tempo em que tive um grupo de amigos muito restrito que temia perder. A diferença, em relação a hoje, é que já não temo perder amigos, não me importa o amanhã das amizades. Acredito que, só temos que as deixar fluir e fazer que, com isso, possamos levar por diante uma vida mais cheia e rica, independente do exterior físico...

Também disseste que amigos não agradecem. São-no, simplesmente.

Também concordo.
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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

UM PROFESSOR MUITO À FRENTE... LUANDA - LICÉU NACIONAL SALVADOR CORREIA


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13, 14, 15 anos __ idade da irreverência, da provocação e do confronto com a autoridade.

Éramos uma turma formada só por raparigas e bastante razoável.

História, tinha sido uma das disciplinas minhas preferidas. Mas havia um senão naquele ano, a aula vinha imediatamente a seguir ao intervalo grande.

Dava o toque. Víamo-lo passar com o seu cabelo branco, passada tranquila e pasta castanha na mão. Para algumas de nós estava na altura de avançar para a porta da sala e acompanhar a entrada do professor, munidas com os nossos sacos de batatas. Algumas dirigiam-se para o fundo da sala, tiravam as canetas ou lápis e a folha de papel quadriculado para cima da carteira... Estava em vista uma renhida batalha naval! Outras sentavam-se nas carteiras vagas da frente para seguir a aula do professor. Até porque “at
é era interessante e, bem vistas as coisas, dum ponto de vista prático, a matéria já ficava meio estudada”.

Finalmente, as restantes iam entrando e oferecendo directamente as batatas fritas ao professor. E, depois, ficavam na sala ou voltavam a sair novamente, sem que isso fosse motivo de reparo por parte do nosso professor.

A História para mim e para outras das alunas não deixou de ser uma das disciplinas preferidas. Mas, ainda hoje me pergunto que pedagogia era aquela? Se o professor como pedagogo era bom ou mau. Ou se não estaria muito à frente?!...
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Seria o exercício de uma "democracia plena" para a qual , nós, miúdas de 13, 14, 15 anos não estávamos preparadas?!... Até porque isto se passou há quase 40 anos... Época em que nem tudo era permitido muito menos o "exercício da liberdade"...
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Assim, permitir a livre circulação dos alunos para dentro e para fora da sala de aula ao som do mastigar das batatas fritas compradas no intervalo grande, e conseguir ter atento e interessado um grupo significativo das alunas... me faz perguntar que, se calhar, não foi essencialmente o conteúdo programático de História que ficou daquelas aulas mas sim o sentido de responsabilização pelos nossos próprios actos.

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(Licéu Nacional Salvador Correia - Luanda / Angola)




(Imagens retiradas da NET)



domingo, 17 de janeiro de 2010

OS LUSÍADAS E UMA PROFESSORA QUE NÃO SE ESQUECE

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(Monumento do Descobrimentos - Belém / Lisboa - Portugal)



Luanda. 5º ano. Liceu Salvador Correia. Para além de competente, era delicada, bonita e perfumada. Dava as aulas de Português com grande empenho e conseguiu transmitir-nos o gosto pelos Lusíadas.

Um dia, calhou-me fazer a descrição da entrada da armada de Vasco da Gama na foz do Rio Tejo. Comecei a falar. Deixei-me envolver. Era um dia de sol esplendoroso... Continuei. As duas margens do rio deslizavam, à medida que íamos avançando... Ninguém me interrompeu.

Notei um sorriso ligeiramente trocista e atento na cara da professora, sempre doce e condescendente. Tinha acabado. Sentei-me. A minha colega de carteira, olhava para mim, com um ar meio surpreendido. Sussurra-me: __” Donde foste tirar isso?”. “Isso”, o quê?!... Só então me dei conta de que, a minha descrição não se tinha baseado apenas na leitura do livro, mas também na minha própria experiência, quando da entrada na barra do Tejo, numa viagem à Metrópole.

Não sei exactamente o que disse. Eu ia naquelas naus... E, a forma como a professora reagiu, deixou-me uma certeza: há professores que nos incentivam e que nos marcam não só pela sua competência, mas também pelo carinho com que nos tratam.



(Liceu Nacional de Salvador Correia - Luanda / Angola)



(Imagens retiradas da NET)



sábado, 16 de janeiro de 2010

TER FÉ...

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(Fotografia retirada da NET)



Pensamos demasiado... E sentimos muito pouco!... (Charles Chaplin)

"Ter Fé é assinar um folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser". Deixar que, apesar das nossas dúvidas perante tudo que nos é dado ver e ouvir, Deus, o Destino, a Natureza ou aquilo em que acreditarmos, nos possa guiar para a realização de uma vida melhor. 



sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

"DEUS É COMO UM COVO..."

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(Fotografia tirada na Baía de Cascais - Portugal)


Deus é como um covo. Tal como ao polvo apanha-nos e não nos deixa sair depois de entrarmos.

Deus existe na energia que nos permite comunicar entre nós, com a Natureza e na Natureza.

Será que é misericordioso?!... Então porque permite situações como as que ocorreram em Port-au-Prince, para não falar nas que estão à nossa porta.

Mas, em seu nome, podemos fazer coisas boas no nosso dia a dia. É a isso que temos que nos agarrar para continuar o percurso que a vida nos reservar.

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"VERDE ALFACE e TELHADO DE ZINCO" - PRAIA DO BILENE / MOÇAMBIQUE

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Estávamos em Lourenço Marques. Íamos para Luanda. Estava tudo encaixotado. Quase que só faltava embarcar. Mas, surge o problema __ o barco que deveríamos apanhar encalhou... Teríamos que esperar pelo próximo paquete.

E agora? Que fazer? A casa onde tinhamos vivido era alugada e já estava entregue. Para onde ir? Mas sempre há quem nos “desenrasque”... Uns amigos emprestaram-nos uma casa no Bilene. Uma praia que fica a alguns kms de Lourenço Marques. Fomos para lá, enquanto esperávamos para embarcar finalmente.

A casa tinha chão de cimento mal afagado, as portas eram verde cor de alface, o telhado de zinco, ficava em cima da areia frente ao mar do qual estava a poucos metros. À frente da casa, voltado para o mar, havia um telheiro feito de troncos de madeira e chapa de zinco. Passávamos aí grande parte do tempo. Na verdade, não estávamos num palácio, mas passámos lá uma das melhores temporadas das nossas vidas. A indumentária para todo o dia era o fato de banho e, quando preciso , as havaianas. Normalmente, andávamos descalços.

Nunca mais irei esquecer aqueles nascer e pôr do sol; aquela liberdade absoluta durante todo o dia; o leite em pó que dissolvíamos na água de garrafão que eu e o meu irmão íamos buscar; aquele bocado de praia só para nós; aquela água tépida; aquelas portas verde alface; aquele telhado de zinco...
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Ainda bem que o barco encalhou!...



(Fotos retiradas da NET).

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

AMAZÓNIA - "RIO NEGRO E O BOTO"

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(Imagem retirada da NET - o boto)
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Há muito que o ruído abafado e longínquo das moto-serras se tinha calado; o barulho dos animais também. Um ou outro grito de um animal nocturno. Tínhamos jantado cedo como de costume. As luzes estavam apagadas. Estávamos sentados nas poucas cadeiras que havia ou no chão do “deck”. Éramos um grupo pequeno. O silêncio pesava. Nada bulia.

Era noite de lua cheia. Lua que se reflectia nas águas calmas do rio e deixava ver os vultos negros e fantasmagóricos das copas das árvores.

Estávamos isolados de tudo e de todos. A civilização ficava a Kms. O barco estava amarrado aos ramos da copa de uma árvore, não fosse vir uma tempestade repentina que o arrastasse. Essas súbitas enxurradas eram frequentes naquela altura do ano e nós já tínhamos presenciado isso.

Estávamos no Rio Negro, bem longe de Manaus, no meio da Amazónia e da copa das árvores, pois era a esse nível que se encontrava o rio naquela estação do ano.

Depois de, por um bom bocado, termos saboreado todo aquele silêncio e isolamento, o nosso “comandante” começou a falar. Era um fantástico contador de histórias e lendas da região. Os nossos ouvidos não se cansavam de o ouvir, até que falou no Boto. Um golfinho de rio cor-de-rosa que, diz a lenda, em noites de luar, se transforma em homem, sai do rio e seduz as donzelas.

Aquela era uma noite de lua cheia, que deixava uma esteira de luz ao longo do rio. O Boto não apareceu. Mas, fomo-nos deitar com uma estranha sensação de prazer que nunca tínhamos experimentado.

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AMAZÓNIA - MANATIM OU PEIXE BOI, PEIXE VACA

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O Peixe Boi é assim chamado devido ao seu hábito de pastar plantas aquáticas.
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É um mamífero aquático da família dos Triquequídeos e pode pesar cerca de 750 Kg e medir 4,5m de comprimento, de hábitos solitários, sendo apenas vistos em grupo na altura do acasalamento. As crias nascem dentro de água e durante os dois primeiros anos vivem com a sua progenitora.

São animais mansos, com movimentos lentos e dóceis, o que permite que sejam caçados facilmente, e infelizmente isso levou a que estejam em risco de extinção.



(Texto e imagens retirados da NET)
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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

LIBERDADE

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(Foto retirada da NET)


Liberdade de ser... Liberdade de dizer... Tudo o que possa dizer poderão ser banalidades ou coisas que outros já disseram, mas são as minhas verdades, resultado das minhas experiências pessoais, do que me foi ensinado e do que me foi dado ver, ouvir ou sentir. Por isso, me dá tanto prazer partilhar com quem for. Até porque, HOJE, nos é permitido dizer o que nós acharmos correcto qualquer que seja a nossa posição sem sermos queimados por hereges, presos por traidores, perseguidos pela intolerância... E essa é uma das maiores riquezas que gostaria de não perder nunca. a LIBERDADE.
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domingo, 10 de janeiro de 2010

SAUDAÇÃO AO SOL

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(Imagens retiradas da NET)



Estava no meu quintal de muros altos, virada ao Sol nascente. Braços abertos e esticados, palmas das mãos também elas abertas e esticadas, voltada para o Sol que aparecia alaranjado e imenso no céu por cima da nossa casa. Estava em perfeito êxtase de agradecimento, felicidade e realização. Estava frio e tinha o “kispo” vestido. Aspirava o fresco da manhã. Estava em “sintonia” com o Universo. Estava a ser eu própria de mim para mim própria.
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É então que ouço dizer: __ “Já estamos a começar, filha?!... O que estás a fazer aqui ao frio?... Vem para dentro. Podes constipar-te.”
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Compreendo a preocupação. Mas, enquanto não passar para além da minha consciência, está tudo bem.
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Se estivesse numa aula, à noite, a fazer a “Saudação ao Sol”, seria tudo normal. Só que, no meu caso, estar a fazer a “Saudação ao Sol” em pleno nascer do Sol, causa preocupação. E, isso, é que é triste na minha doença. É que, se alcança a plenitude da felicidade e crença genuína nas nossas atitudes e pensamentos, precisamente quando estamos “doentes”. E a cura custa a chegar!
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Quando nos enredamos neste envolvimento de optimismo tudo nos parece ser possível. Só quando nos confrontamos com a realidade, como por exemplo, uma mera cena de violência na televisão, verificamos quão frágil é esse nosso desejo...



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IOGA PARA MULHERES... - Shakta Kaur Khalsa

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(Imagem retirada da NET)



Pelo que pude perceber, a prática do ioga, que hoje comecei , é muito mais que exercício físico e até mental. Pode ser praticado em todas as idades. (Mesmo ao som das “Meninas da Ribeira do Sado”, que ”têm carrapatos atrás das orelhas”.) Pode ser praticado até mesmo se estivermos imobilizados numa cama. Pelo que pode ser praticado até ao fim dos nossos dias, desde que tenhamos o conhecimento, a vontade e a lucidez para isso.
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O ioga não é uma ciência exacta e cada um tem o seu próprio ritmo, a sua oportunidade e há coisas que não se aprendem nos livros. Precisamos ter quem nos ensine. E, para termos verdadeiros resultado, quem nos ensina tem que o fazer bem, com paciência e sobretudo disponibilidade.
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Segundo Shakta Kaur Khalsa, no seu livro "Ioga para Mulheres", ao praticarmos o ioga, “as pequenas coisas e até mesmo as coisas importantes, deixam de ter o mesmo poder sobre nós como antigamente. Com o tempo, as dores passadas, cicatrizes mentais e emocionais, saram e desvanecem-se, como se pertencessem a outra existência mais sombria e indistinta. Começamos por encontrar a força e a confiança necessárias para viver os sonhos e ir para além deles.”



(Adaptado de “Ioga para Mulheres” de Shakta Kaur Khalsa)



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ESTA É A MINHA ROSA...











Esta é a minha rosa, cativou-me.
As outras não são nada... 
ninguém as cuidou.
Tratei dela. 
Reguei-a. 
Ela floresceu.

Como quero que floresça
a amizade ou o amor por ti...




CONTRATO DE AMIZADE RENOVADO PARA 2010





ESTA FOI UMA MENSAGEM DELICIOSA QUE ME CHEGOU PELAS MÃOS DE DUAS BOAS AMIGAS.

DIZ, ASSIM:


"O Nosso Contrato de 2009 e 2010:
Depois de uma cautelosa consideração,
Quero notificar-te que o nosso "Contrato de amizade"
Foi renovado para o novo ano de 2009 e 2010.

Nunca desvalorizes ninguém
Guarda cada pessoa perto do teu coração
Porque um dia podes acordar
E perceber que perdeste um diamante
Enquanto estavas muito ocupado a coleccionar pedras. "

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O LEÃO E O CARNEIRO

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(Desenho de uma mensagem recebida por E-mail)
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Porque não, deixarmo-nos ir com a suavidade do carneiro e a força do leão. Os dois divergem em pormenores de opinião. Quando esses pontos se encontram chocam e gritam forte, muito forte. O leão ruge mas perde a razão. Quem vence é o carneiro que,  balindo suave leva o rebanho onde quer, com a ajuda do cão.
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Cão o “melhor” amigo do Homem. Será que é mesmo? Há tantas formas de amar e de ser amigo. Como podemos medir a amizade?...
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A amizade verdadeira é a que sai do coração. "Coração" que às vezes pensamos que não temos mas que existe tal como a alma e o espírito que não vemos. Também Deus não se vê. No entanto, ele existe dentro de nós e manifesta-se através da nossas acções, qualquer que seja o nosso interior.
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

DÁDIVA POR INTERESSE?

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Tenho um espírito livre. Sempre o tive. Mas, só seremos verdadeiramente livres quando deixarmos de nos preocupar com o juízo dos outros. Talvez esteja a chegar a esse ponto. Ao ponto de responder e só à voz da minha consciência que é colectiva porque foi ajudada a construir também por outros.
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Quando temos o privilégio de poder ser “bondosos”, não temos que dar dinheiro, devemos dar “pão” __ “pão” de tantas formas, físicas e espirituais. Migalhitas que sejam.
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"Dádiva por interesse"; “caridadezinha”; “campanha”; “show off”; . Talvez seja tudo isso. Até porque, como alguém disse: “ Nós somos actores do palco da vida”; actores para os outros e, quantas vezes, para nós próprios. Quantas vezes, para nos aplaudirmos com ambas as mãos. Como todos os actores, também precisamos disso. E até, talvez, o façamos para aliviar a consciência de culpas que não temos.
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É isso mesmo. Talvez eu tenha sido actriz toda a vida. Mas, também é verdade que, enquanto tivermos que o fazer, mesmo que por interesse, “show off” ou necessidade, a peça pode continuar... E, se com ela, conseguirmos arrancar sorrisos ou lágrimas sentidas, então viva o espectáculo!... Não tenhamos medo de nos expor ainda que seja ao ridículo ou de representar para nós próprios, apesar de nos pormos a dúvida de que possamos estar a ser genuínos. Talvez isso dê algum sentido à nossa breve passagem por aqui.
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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

UM PRESENTE DE ANIVERSÁRIO INESPERADO

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(Montagem de fotografias feita pela minha mãe)
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O dia do nosso aniversário é aquele que é “o nosso dia”. Ou será que há muitos outros dias que são os “nossos dias”? Ou deveriam ser todos os dias os “nossos dias”?!...

O “meu dia” aproxima-se do fim. Ouvi, quem gostaria de ouvir. Vi, quem gostaria de ver. Li, de quem gostaria de ler. E, é tudo isto que torna o “nosso DIA” tão nosso, quando há tempo __ tempo para falar, tempo para estar, tempo para escrever ou tempo para lembrar.

Para além de tudo isso, tive uma prenda completamente inesperada, quando precisamente hoje alguém me escreveu em resposta a um pequenino texto que lhe mandei: “Obrigado por este presente que me provocou sentimentos extremamente doces, em que me vi vestido de criança, sem medo e sem qualquer tipo de auto-preconceito.”

Foi uma das melhores prendas de aniversário que recebi. Foi inesperada por várias razões. Terá chegado no “meu dia” por perfeito acaso, porém, fez-me pensar que, a vida, não pode passar sem sentido. Por isso, lhe respondi:

(...) "Sempre poderemos continuar a vestir de crianças enquanto, pais, filhos, irmãos, companheiros, tios, primos, sobrinhos, ..., e amigos, se gostarem e se importarem.

Que bom é quando podemos continuar a ver os meninos que há em nós e naqueles que nos querem bem.

Também nós, “crescidos”, podemos tentar ver-nos “sem medos e sem qualquer tipo de auto-preconceito”."

Nem sempre é fácil. E eu que o diga hoje, dia em que faço 53 anos. Mas, a última coisa que podemos fazer, é deixar de tentar... Sobretudo, se tivermos quem nos ajude a levantar, conquistando cada um dos nossos dias. (...)

Porque foi um dos meus melhores presentes?!... Porque, algum do sentido da vida que é difícil de entender quando o procuramos fazer, pode estar mais próximo do que nós próprios podemos pensar... 

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domingo, 3 de janeiro de 2010

__"YES, WE CAN!..." - TAMBÉM PODE PASSAR POR NÓS...

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"__Yes, we can!..."



...Ainda que seja tratando das batateiras do nosso quintal, dos peixes do nosso aquário, do pão de cada dia, a esperança de podermos melhorar o nosso planeta também pode passar pelas nossas mãos.

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(Montagens com algumas fotos da NET)
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sábado, 2 de janeiro de 2010

"PÃO" E PABLO NERUDA...

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Pão,
com farinha
água
e fogo
te levantas.
Espesso e leve,
reclinado e redondo,
repetes
o ventre
da mãe,
equinocial
germinação
terrestre.
Pão,
que fácil
e que profundo tu és:
no tabuleiro branco
da padaria
estendem-se as tuas filas
como utensílios, pratos
ou papéis,
e de súbito a onda
da vida,
a conjunção do germe
e do fogo,
cresces, cresces
de súbito
como
cintura, boca, seios,
colinas da terra,
vidas,
sobre o calor, inunda-te
a plenitude, o vento
da fecundidade,
e então
imobiliza-se a tua cor de oiro,
e quando já estão prenhes
os teus pequenos ventres
a cicatriz escura
deixou sinal de fogo
em todo o teu doirado
sistema de hemisférios.
(...)



(Excerto de poema de Pablo Neruruda)




sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

ES-PE-RAN-ÇA! - Um poema adaptado de Mário Quintana




Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano

Vive uma louca chamada Esperança

E ela pensa...

Quando todas as sirenas

Todas as buzinas

Todos os reco-recos tocarem

Atira-te...

E — "ó delicioso vôo!..."

Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,

Outra vez criança...

E em torno dela indagará o povo:

— "Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?"

Ela lhes dirá: __"É preciso dizer-lhes tudo de novo?!..."

E ela lhes dirá, então, bem devagarinho, para que não esqueçam:

— "O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA..."


(Adaptação de poema de Mário Quintana e imagem retirada da NET))


Que o renovar da nossa ES-PE-RAN-ÇA num novo renascer não se faça apenas no 1º de Janeiro mas em todos os dias do novo ano de 2010, e de todos os anos, meses, dias que formos vivendo __ cada um de sua vez...