segunda-feira, 15 de junho de 2009

LEITE DERRAMADO

.



 
(Imagem retirada da NET)
 
 

Um dia, o professor, chegou à turma, e, perante uma assistência estupefacta, pega num copo de leite e entorna-o para dentro do lavatório do laboratório...
Depois, ficou quieto, olhando para o copo vazio, por alguns instantes. Então, olhando para os alunos, perguntou-lhes...


__ Conseguimos recuperar o nosso leite? ;
__ Agora, já não. ;
__ Podemos recuperá-lo?
__ Não.
.
Sem dúvida, façamos o que fizermos já não há nada a fazer.
.
Por isso, "não choremos o leite derramado". Se não azeda-nos o espírito, a alma e o corpo. E, nada resolve.

Mas e se no copo ficar algum leite?! Como diríamos? "__ Meio vazio ou meio cheio."
Normalmente, falamos em meio vazio e, porque não, em meio cheio?

De facto, temos tendência para pensar mais no que perdemos, do que naquilo que ainda nos resta.

É o eterno fatalismo português. Por isso, temos o nosso fado... O fado de nos lamentarmos. O fado do pessimismo. O fado que até cantamos. O fado que nos traz a tristeza das lembranças perdidas.
.
Mesmo que o leite tenha sido derramado, sempre podemos apreciar o resto que ficou...

Sim. Desde que me chamaram a atenção para isto, prefiro dizer: __" O meu copo está meio cheio." Sempre tem capacidade para mais e, ainda, posso saborear o resto do leite.

Muitos copos entornei. Mas, com as gotas que não perdi, conforto o corpo, a memória e a alma.
.



Sem comentários: