sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

"MEUS OITO ANOS" - OS DE CASIMIRO DE ABREU E DE MUITOS DE NÓS...

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(Imagem retirada da NET)


Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais !



Como são belos os dias
Do despontar da existência !
Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor !
(...)


(Excerto retirado do poema "Meus Oito Anos", de Casimiro de Abreu, dito magistralmente por Paulo Autran)
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Quantos oito anos não brincaram debaixo da bananeira ou do coqueiro, mas também debaixo da videira e da oliveira...

Quantos oito anos não espelharam a cara sorridente na água do mar, do rio, do lago ou do tanque da rega...

Quantos oito anos não extravasaram a sua alegria em brincadeiras iluminadas pelo Sol, pela Lua ou até mesmo pelas estrelas...

Que felizes somos se nos podemos lembrar dessas brincadeiras que farão sempre parte de nós. Brincadeiras simples não sendo de grande exigência. Bastando, para isso, ter oito anos e a percepção de que o mundo é fácil e feito à nossa medida. O beijo da mãe, a atenção do pai, a cumplicidade do amigo, a ajuda do irmão... e é tudo quanto basta.

Quem dera que o mundo fosse como quando temos destes oito anos.
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(Imagem da NET)

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