quinta-feira, 25 de março de 2010

UM BOBTAIL EM CASA

.
.
.


Tinha chegado há pouco tempo. Os estragos eram imensos: uma despensa deitada literalmente a baixo; buracos de todos os tamanhos por todo o quintal; a sebe da altura de um homem destruída; roseiras arrancadas; a chave do carro com telecomando inutilizada; móveis roídos; os meus óculos de sol; etc, etc, etc... Realmente já era mais do que um simples mortal consegue aguentar.

Até que chegou o dia dos canos de gás!... Era incomportável. Era um perigo. Nem dentro, nem fora de casa. Agora, era eu quem queria que ele se fosse embora. “... de preferência para uma quinta onde o tratassem bem...”. As lágrimas corriam. Não havia alternativa.

Foi então que um dono, apesar de estar em pleno desespero, disse: “__ Não faz mal. Põe-se cimento em volta dos tubos...”

Ele tinha ganho! Já era nosso! Fazia parte da família... As lágrimas secaram, mas a paciência não.






Foi assim que entrou em nossa casa o cão mais meigo e brincalhão que já tive na vida. Incapaz de uma atitude agressiva, apesar de ser muitos quilos de cão, o nosso Bob é um Bobtail, cão pastor inglês, a que chamam o “nanny dog” por ser um cão muito manso e adequado para crianças. Mas, naqueles dias, quem o diria?!... Imagine-se, então, se não fosse!...

Fica o testemunho... Estes nossos companheiros peludos podem dar-nos água pela barba enquanto cachorros, mas, no final, vale a pena teimar apesar do estado caótico e desesperado em que entramos nós, a casa e tudo o resto...







Sem comentários: