sexta-feira, 2 de outubro de 2009

LIÇÃO DE YOGA. À DESCOBERTA DE NÓS...

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(NET)
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A luz suave do pequeno candeeiro ilumina a sala ampla onde se alinham os tapetes, as pequenas almofadas laranja, as mantas...

A voz que nos acompanha é tranquila, pausada e bem marcada.

O relógio de parede só se faz ouvir nos momentos de pausa.

Vez por outra, uns passos na escada... uma porta que fecha...

Nada mais existe para além de nós que nos dobramos, esticamos, contorcemos, seguindo a voz de comando preciso que nos vai ajudando a conhecer o nosso próprio corpo. Voz que nos faz ver de olhos fechados. Voz que conhece o nosso corpo por fora e por dentro; cada parte que é nossa mas que nós afinal desconhecemos... Voz sempre atenta a todos os movimentos... Voz sempre pronta a corrigi-los __ “sem esforço”, “tranquilamente”...

Nada mais existe para além da descoberta de um corpo que, por acaso, é o nosso. Nada mais existe para além da tentativa de aprendizagem de controlo do corpo com a coordenação, concentração e comando da nossa mente.

O esforço para ultrapassar barreiras, para ultrapassar limites, é constante. Esses limites, vão sendo vencidos lentamente. Muito lentamente... Por vezes, a falha é motivo de riso compreensivo. Mas atrapalhado do nosso lado... Sim, porque isto de pôr as mãos onde deviam estar os pés, a cabeça onde deviam estar os joelhos e... Não é assim tão fácil quanto possa parecer.

O suor escorre. Todo o corpo é mexido. Os músculos, as articulações, os órgãos internos... A posição não está correcta. E eis que sentimos um par de mãos que nos corrige com firmeza mas suavemente e, até mesmo, com doçura.

A T-shirt está empapada... Um dedo acompanha a coluna, umas mãos ajustam a posição dos ombros, das pernas, das costas... A nossa auto-confiança é reforçada. Para a próxima será melhor!...

Finalmente, é o relaxamento, recompensa para tanto esforço, torção e alongamento. Ficamos deitadas no tapete, palmas das mãos viradas para os céus, prontas a receber a energia. O corpo completamente relaxado. Os olhos continuam fechados.

A respiração controlada... Viajamos mentalmente pelo nosso próprio corpo sentindo-o... deixando que cada parte vá marcando presença... Procurando sintonizar a mente e o corpo. Fazendo o exercício fantástico que é tentar dominar os nossos pensamentos, a nossa mente, não a deixar fugir quando e para onde ela quer. Prendê-la em harmonia com o corpo... Com a respiração. A respiração... sempre a respiração.

A paz é profunda. O corpo mexido e remexido, está, agora, num torpor total, em equilíbrio e tranquilidade. “TIC-TAC”, “TIC-TAC”, é o relógio de parede... A respiração , a meditação... “Shanti” – “Que todo o mundo alcance a paz e a felicidade”... “Shanti” _ a paz interior.

E, foi mais uma aula de yoga, que, com o tempo, se estenderá para além daquela sala ampla e iluminada pela luz suave do pequeno candeeiro... Ainda, tenho um longo, muito longo, caminho a percorrer. Mas, ainda assim, penso que valerá a pena continuar.

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1 comentário:

Anónimo disse...

SEM DÚVIDA NENHUMA,CREIO QUE SÓ
FARÁS BEM EM CONTINUAR.