sábado, 20 de junho de 2009

CALÇAS DE GANGA - PURITANISMO, PRECONCEITO OU DEBOCHE?!...

.




(...)
.

Antes de mais há que respeitar as sensibilidades, susceptibilidades e opiniões das pessoas. Mas, isso, não invalida que possamos ter a nossa própria opinião.
.
A história das calças de ganga, já vem de longe.
.
Levi Strauss, natural da Baviera, emigrou para São Francisco, na Califórnia, em 1853, para ser um simples vendedor de roupa, tecidos e outros artigos ligados ao vestuário. .
Jacob Davis, oriundo da Letónia chegou a Reno, no Nevada, para trabalhar como alfaiate.
.
Algures, nos finais de 1870, os seus caminhos cruzaram-se, quando a mulher de um cliente de Davis, lhe encomendou um par de calças que tivessem qualidade e fossem resistentes.
.
Jacob Davis fez um par de calças brancas, em algodão, com tachas nos bolsos. Foram um sucesso e as encomendas começaram a surgir. Patenteou o produto.
.
No entanto, precisava de um sócio para ajudar a expandir o negócio. Levi Strauss foi a escolha, pois era já um homem de negócios bem sucedido e um filantropo. Os dois chegaram a um acordo e a 20 de Maio de 1873, surge o primeiro modelo patenteado a que chamaram overalls ou waist overall.



(NET) - cowboys dos anos 30,40...

.
Os blue jeans transformaram-se nas famosas Levis 501. O primeiro modelo 501 (anos 80) tinha só um bolso traseiro, no lado direito, e os bolsos da frente mantêm o mesmo design original, em curva, cosidos com linha dupla.


Hoje, é um ícone da moda, usa-se em qualquer ocasião (excepto em eventos de traje a rigor). São peças que podem custar fortunas dependendo das marcas. A Levi's tem várias linhas - Blue, Engineered.
 


(NET) - Calvin Klein

Na mesma semana em que as nossas calças de ganga eram sinónimo de jovialidade (algum "revivalismo") e uma certa irreverência, vemos, na televisão, a notícia da polémica levantada pela última campanha das calças da Calvin Klein.

Calças de ganga. Umas calças azuis que, em tempos, foram as calças do povo, são, hoje, centro de polémica de campanhas publicitárias que, para venderem, apelam a um dos sentimentos mais fortes e belos que é o da sensualidade. Daí a passar a "deboche", tudo vai na nossa cabeça.
.
De facto, devo concordar que, para mim, o amor natural é aquele que se faz entre um homem e uma mulher. É, normalmente, assim, na Natureza. Mas, quem somos nós para julgar?!... Sobretudo, termos a pretensão de que a nossa é que é a posição correcta?!...


(NET) - O cartaz da polémica.


Mas, ter opinião, é um direito que nos assiste.

Quando entrevistada, uma mãe, preocupada, disse: __"Assim, quando a minha filha olhar para este cartaz, vai achar que é natural."
Sim, pode ter a sua razão, mas não é o cartaz, enorme e, exposto à luz do dia, numa das ruas de Nova York, que vai determinar as tendências e fantasias sexuais da filha. Essas, ser-lhe-ão intrínsecas e, talvez, possam ser orientadas pelo diálogo.
.
É o que penso. Até porque, não é o que está exposto às claras na rua (que "desperta a atenção porque é sensual", como disseram também), que vai prejudicar a moral dos nossos filhos, mas, tudo aquilo que se cala, que se esconde ou se mostra às escuras.
.
__"Mãe, acho tudo isto um disparate. porquê tanto alarde?"
Acho que o meu filho tem razão. E, ainda bem que ele pensa assim.



.

Sem comentários: